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Examinando: o que é a “Guerra Comercial” entre os Estados Unidos e a China

Made in China. Com certeza você já leu essa frase em algum produto que você comprou. Mas talvez você não saiba tudo o que ela significa, além de que foi feito na China, claro. O Made in China virou um dos protagonistas de uma guerra. Eu sei que quando falamos em guerra já imaginamos várias armas, tropas armadas e militares, mas essa envolve basicamente preços.

Você já deve ter ouvido falar na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Talvez você não entenda muito bem o que significa, mas é o que o Examinando de hoje vai te mostrar. Vamos explicar o que é essa guerra sem armas entre as duas potências e como ela pode afetar o mundo todo.

Para entender o que é essa guerra comercial, primeiro é preciso entender o crescimento da China. A partir da década de 70, a China começou a passar por uma reforma, que durou décadas. Ela tinha o objetivo de aumentar em várias vezes o PIB e de investir em infraestrutura, em educação. Essa foi a chave para o crescimento da China.

Nesses anos, o país asiático passou a atrair indústrias do mundo inteiro. Mas por que? Os motivos são simples de entender. Pensa que lá é um país com 1,4 bilhão de pessoas. Se você dividir o mundo em sete partes, uma inteira é só a China. Ou seja, tem muita mão de obra. E essa mão de obra é mais barata do que em outros lugares do mundo.

Além disso, ainda tem as questões ambientais, as empresas não precisam pagar tantos impostos ou investir em cuidados com o meio ambiente, porque isso não é exigido pelas regras comerciais chinesas. Ou seja, era barato produzir na China, e isso fez com que várias empresas levassem suas fábricas para lá. Foi aí que o Made in China foi popularizado. Mas no início existia uma ideia de que o que era feito lá, era mais barato sim, mas também tinha uma qualidade inferior.

Se não era tão bom, não tinha com o que se preocupar, certo? Errado. Acontece que os chineses trocaram essa ideia de “copiar” e investiram no desenvolvimento das indústrias. Eles continuaram com uma mão de obra abundante e muito barata, mas que também começou a se profissionalizar, a estudar e a se modernizar. O resultado foi que o país asiático conseguiu criar cidades com um altíssimo grau de tecnologia. E foi aí que o produto que era barato, mas sem tanta qualidade, começou a ficar bom e a preocupar as grandes economias.

 

 

Fonte: Exame

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