Codesp foi alertada há três meses sobre assoreamento em berços do Porto de Santos
Agências marítimas que atuam no Porto de Santos apontaram o risco de assoreamento (deposição de sedimentos) em berços de atracação voltados às operações de granéis líquidos há pelo menos três meses. A questão foi levada à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), mas não foram retomadas as obras de manutenção das profundidades no cais santista.
O assoreamento atingiu berços da Alemoa e da Ilha Barnabé, que concentram as operações de granéis líquidos minerais no cais santista. O contrato para a realização do serviço de retirada de sedimentos na via de navegação terminou em abril. Mas, segundo a autoridade portuária, não havia risco de restrições à vinda de navios.
Na Alemoa, entretanto, houve uma redução de 70 centímetros em um ponto de atracação. De 10,9 metros, o limite passou para 10,2 metros. Na Ilha Barnabé, o berço onde o limite máximo do calado era de 10,2 metros teve uma redução de 1,2 metro, ficando com 9 metros.
Enquanto isso, o ponto de atracação que permitia operações de navios com até 10,4 metros de calado, agora só recebe embarcações com 9,5 metros abaixo da linha d’água.
Procurada, a autoridade portuária não respondeu aos questionamentos da Reportagem até a publicação desta matéria.
Fonte: A Tribuna