Ministra encerra visita ao Egito com abertura de mercado para produtos lácteos do Brasil
Depois de seis reuniões de trabalho – com autoridades de governo e empresários locais, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) encerra a agenda de compromissos de dois dias no Egito, primeira parada de sua missão ao Oriente Médio.
A ministra avaliou a visita como bem-sucedida. No sábado (14), o governo do Egito anunciou que irá abrir o mercado para produtos lácteos brasileiros, como queijos.
Os países iniciaram as tratativas para um convênio entre a Embrapa e centro de pesquisas do Egito.
“Vamos assinar um convênio com a Embrapa e também recebemos muitos pedidos de estudos de investimentos em infraestrutura no Brasil, principalmente na área de portos”. Tereza Cristina informou que encaminhará os pedidos ao colega Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura, quando retornar ao Brasil.
Nas reuniões, no Cairo, foram debatidas redução de tarifas de exportação e padronização de certificados sanitários.
Neste domingo (15), último dia no Egito, a ministra participou de um seminário na Federação das Câmaras Egípcias de Comércio, onde defendeu a diversificação da pauta comercial agrícola entre Brasil e Egito e destacou o crescimento da agropecuária brasileira com sustentabilidade.
Tereza Cristina reuniu-se com o ministro da Agricultura e Recuperação de Terras, Ezz el-Din Abu Steit. Eles trataram do processo de importação de uva e alho egípcios e o envio de ovinos e caprinos para o Egito, o que irá beneficiar criadores do Nordeste brasileiro.
No último compromisso, a ministra teve encontro com o secretário-geral da Liga dos Estados Árabes, embaixador Ahmed Aboul Gheit, na sede da organização. No encontro, ela avaliou que o Brasil tem um caminho promissor com os países árabes. A ministra e o embaixador trataram ainda de projetos de infraestrutura e logística para a segurança alimentar.
Em 2018, as exportações agropecuárias do Brasil para 22 países árabes e integrantes da Organização para a Cooperação Islâmica, totalizando 55 nações, somaram US$ 16,13 bilhões, o que representa 19% do total das vendas externas do agro brasileiro, percentual superior ao que foi exportado para a União Europeia (16%). Os produtos mais vendidos foram açúcar, carnes, milho, soja e café.
Estima-se que o comércio agrícola entre Brasil e o mundo árabe pode crescer e chegar a US$ 895 milhões. Os produtos em perspectiva são: soja (farelo e grãos), café verde, açúcar e fumo não manufaturado.
A comitiva brasileira segue para Arábia Saudita.
Fonte: MAPA