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Postado em 15 de outubro de 2019 | 18:18

Período de estiagem afeta exportação pelo rio Madeira em Rondônia

O período de estiagem tem afetado a navegação pelo rio Madeira, principal “corredor” de exportação de Rondônia. O intervalo entre agosto, setembro e o início de outubro é o mais arriscado para realizar o trabalho.

Por ano, passam pelo Madeira, o maior afluente do Amazonas, cerca de 40 milhões de toneladas de carga: são grãos, combustíveis, madeira, minérios e dezenas de produtos que segue a outros países, além de abastecerem cidades como Manaus.

Entretanto, no verão amazônico, a estiagem acaba formando bancos de areia. Pedras, que costumam ficar submersas durante boa parte do ano, por exemplo, afloram.

O nível ideal à navegação segura é de quatro metros. Porém, este mês, o nível chegou a 2,70 metros, ou seja, 20 centímetros acima da cota de alerta. A estiagem também prejudica a circulação das balas que fazem o serviço de transporte de carros.

Medidas
Como uma das soluções contra riscos, as empresas de transporte fluvial têm reduzido o peso das balsas. Para evitar encalhes ou acidentes mais graves, a Marinha proibiu a navegação noturna de grandes comboios.

A viagem de Porto Velho a Manaus, que varia a maior parte do ano de quatro a cinco dias, aumenta para até 10 dias no período de estiagem. Além disso, o custo do deslocamento sobe para 40%. A movimentação também cai e a arrecadação despenca.

Também com objetivo de evitar problemas à navegação, uma empresa contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está dragando o rio em quatro dos 14 pontos críticos entre a capital Porto Velho e Manaus.

Em Humaitá (AM), duas dragas de garimpo trabalham para manter o canal de navegação aberto. Mesmo assim, já houve encalhes.

As balsas que operam em Abunã, região de acesso ao Acre, estão cruzando com a carga reduzida em 30% – há um cuidado também com a distribuição dos veículos para equilibrar o peso. A medida que o Madeira recua, os barqueiros vão improvisando rampas de acesso.

Mas o sufoco deve durar só até o final desta estiagem. A ponte que vai ligar os dois estados, deve ficar pronta até o fim do ano.

Fonte: G1


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