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China abre mercado para pescado extrativo do Brasil, com potencial de US$ 1 bi

O Brasil poderá exportar pescado extrativo para a China. A abertura de mercado foi formalizada nesta terça-feira, 22, durante reunião bilateral entre a vice-ministra da Administração Geral das Alfândegas da China (GACC, autoridade sanitária do país), Lyu Weihong, com a área técnica do Ministério da Agricultura, na sede da pasta em Brasília.

Trata-se de um mercado potencial de US$ 1 bilhão, segundo estimativas do setor produtivo. A pesca extrativa é realizada por captura das espécies no mar, rios ou lagos, diferentemente do cultivo de espécies em tanques ou cativeiros. Entre as espécies de pesca extrativa estão tambaqui, tilápia, tuna e pirarucu.

A pauta bilateral entre Brasil e China inclui mais de 50 itens em negociação. A lista de pedidos brasileiros aos chineses inclui a abertura de mercado para carne bovina com osso, miúdos de aves e bovinos, farelo de amendoim, lima ácida, arroz e grãos secos de destilaria (DDGs, subproduto do etanol de milho). A sincronia na aprovação de transgênicos (biotecnologia) também integra a agenda.

A revisão do protocolo de encefalopatia espongiforme bovina (EEB, doença popularmente conhecida como “mal da vaca louca”) e da regionalização da influenza aviária também estão em fase de discussão técnica. A ampliação de frigoríficos brasileiros aptos a exportar carnes à China também é tema entre as conversas recentes.

A China é hoje o principal destino das exportações de produtos agropecuários do Brasil, perfazendo cerca de um terço dos embarques anuais do agronegócio brasileiro. As vendas de produtos agropecuários ao mercado chinês somaram US$ 49,7 bilhões em 2024. Em novembro do ano passado, a China abriu seu mercado para quatro produtos da agropecuária brasileira: sorgo, gergelim, uva fresca e farinha de peixe, utilizada para ração.

Fonte: Estadão

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