Vibra e Svitzer realizam testes com biodiesel em rebocadores portuários no Brasil

Projeto-piloto utiliza óleo diesel marítimo com até 20% de biodiesel; iniciativa ocorre após dois anos de estudos e alinhamentos entre as empresas.
A Vibra, distribuidora de combustíveis e plataforma de multienergia, e a Svitzer, empresa de serviços de rebocadores, iniciaram a operação do primeiro projeto–piloto para utilização de óleo diesel marítimo (ODM) com até 20% de biodiesel em Santos (SP). A iniciativa ocorre após dois anos de estudos e alinhamentos entre as empresas.
A Vibra recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para comercializar diesel marítimo com até 30% de biodiesel. De acordo com a companhia, a empresa também é a primeira distribuidora a fornecer esse combustível com certificação ISCC EU no Brasil.
Segundo vice-presidente executivo de Comercial B2B da Vibra,Juliano Prado, a parceria com a Svitzer busca avançar na descarbonização do setor e oferecer soluções energéticas com menor impacto ambiental.
De acordo com o presidente da Svitzer no Brasil, Daniel Cohen, a empresa é a primeira do setor de rebocadores portuários no país a testar o biodiesel. O executivo explica que a iniciativa faz parte da estratégia da companhia para reduzir em 50% a intensidade de CO2 de sua frota internacional até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2040. Ele acrescenta que a viabilidade técnica do uso do biocombustível será avaliada, assim como a porcentagem ideal a ser utilizada, com expectativa de aumentar o teor para até 30%.
DESCARBONIZAÇÃO NO SETOR DE REBOCADORES
O projeto–piloto se insere em um conjunto de ações da Svitzer para reduzir emissões no setor. A empresa também tem parcerias para eletrificação de portos em Paranaguá e Salvador, além de operações semelhantes em Santos e Suape. Em outros países, a Svitzer já adota biocombustíveis, como o HVO (óleo vegetal hidrogenado), no Reino Unido e na Dinamarca.
A Vibra será responsável pelo fornecimento do combustível, iniciando com teores menores de biodiesel e aumentando gradualmente a porcentagem. O projeto busca atender às metas ambientais do setor marítimo e envolve a participação de diferentes agentes da cadeia portuária.
Fonte: Mundo Logística