As restrições sociais impostas pela pandemia do novo coronavírus têm impactado vários serviços essenciais na rotina da indústria brasileira. No setor logístico não é diferente. Segundo recente levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, houve uma queda de 43,9% no volume de carregamentos nas rodovias brasileiras durante este período. As causas do impacto no mercado de cargas vão desde a diminuição da demanda por transporte, gerada pelo fechamento de comércios e diminuição de atividades da indústria e da circulação de pessoas, até as normas de isolamento social.
Mesmo com esses problemas, a Valmet, empresa global no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias, automação e serviços para os setores de celulose, papel e energia, seguiu o atendimento em aos clientes. A companhia realizou uma grande operação logística que transportou, gradualmente, 21 cargas especiais do Porto de Paranaguá, no litoral paranaense, até a fábrica da Klabin, no município Ortigueira, a 255 km de Curitiba.
O carregamento, oriundo da China, chegou ao Brasil no dia 27 de maio e foi composto por um digestor e um Impbin, que compõem a mais recente tecnologia de cozimento contínuo de cavacos de última geração da Valmet, o CompactCooking G3. O sistema de dois vasos, que proporciona excelente qualidade de polpa de celulose, com baixo teor de rejeitos, aumentará ainda mais a capacidade produtiva da Klabin, maior produtora e exportadora de papéis embalagens do Brasil
O analista de Operações Logísticas da Valmet, Cesar Hein, explica que a operação de locomoção das peças, com largura de 5,80m e altura de 4,80m, necessitou de licenças de fretamento do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) e também liberações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), para eventuais comboios durante o trajeto. Por se tratar de equipamentos de grandes proporções, que requerem autorizações especiais para sua condução, diversas medidas foram tomadas pela equipe de logística da Valmet durante o trajeto, que passou pelas BRs 277 e 376.
Ao todo, o traslado de todas as 21 peças tiveram duração de, aproximadamente, dois meses: “Foi um deslocamento especial. Como são peças grandes, tanto em altura quanto em largura, prevemos que teríamos dificuldades para passar por pontes e pela Serra do Mar”, explica. “Além disso, foi necessário cortar cabos de energia e telefonia, assim como desmontar postos de pedágio, para que os caminhões pudessem prosseguir o itinerário.”
Fonte: Petro Notícias