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Postado em 3 de dezembro de 2020 | 22:55

Aborrecida com regulação ambiental, Petrobrás sinaliza possível expansão para a Guiana

O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, disse hoje (3) durante a Rio Oil & Gas que a Petrobrás pode expandir suas operações para a Guiana, apesar de ainda manter o foco nos ativos da costa brasileira. O executivo reclamou da regulação ambiental do nosso país, que não permitiu ainda a exploração de blocos na Bacia do Foz do Amazonas, no litoral da região Norte. Foi aí então que ele citou um convite do governo da Guiana para que a Petrobrás explore os campos offshore daquele país.

Não se pode conceder uma licença [se referindo ao direito de explorar um campo] e depois chegar ao Ibama e não obter a licença ambiental. É o que acontece na Foz do Amazonas. Isso tem que ser resolvido. Nós temos ali um prospecto de um grande campo de petróleo. E estamos barrados”, criticou. Castello Branco emendou dizendo que “enquanto isso, a Guiana está aproveitando e nos convida”.

Para lembrar, a exploração da Foz do Amazonas é uma novela sem fim que ainda parece longe de solução. Recentemente, a Petrobrás assumiu a participação da Total em cinco blocos marítimos na área. A petroleira francesa bem que tentou por sete anos conseguir as licenças ambientais, mas não conseguiu marcar esse gol. A bola agora está nos pés da Petrobrás.

Por enquanto, continuamos apostando no Brasil. Mas pode ser que a gente vá para lá [Guiana] também. Ao invés de gerar emprego, valor e renda numa região muito pobre no Brasil [se referindo ao Norte], vamos para a Guiana”, afirmou. O pequeno país vizinho, como se sabe, tem despontado nos últimos anos como uma nova província produtora de petróleo, atraindo gigantes como Exxon, Shell, e até mesmo a Total.

Durante o evento, Castello Branco também aproveitou para tecer críticas sobre o arcabouço regulatório para a exploração de petróleo no Brasil. O principal alvo do executivo foi o regime de partilha. “É algo que não tem sentido econômico, não traz nenhum estímulo à eficiência, taxa demasiadamente os produtores de petróleo. O mundo de negócios não gosta de coisas complicadas. [As empresas] Querem coisas claras, transparentes e simples”, declarou. “É fundamental acabar com o regime de partilha e concentrarmos apenas em concessão”, concluiu o executivo.

 

 

Fonte: Petro Notícias


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