Freto cresce 45% e alcança R$ 13 bilhões em cargas movimentadas
Logtech completará seis anos no mercado com 106 milhões de toneladas transportadas no Brasil; principal solução da empresa está na subcontratação de fretes rodoviários.
A Freto, logtech que atua como transportadora digital para indústrias de baixo e médio valor agregado, registrou um crescimento de 45% na margem bruta em 2024 e alcançou a lucratividade. A empresa, que está no mercado há seis anos, movimentou mais de R$ 13 bilhões em fretes e transportou 106 milhões de toneladas no Brasil.
A principal solução da empresa está na subcontratação de fretes rodoviários. De acordo com o CEO da Freto, Thomas Gautier, a plataforma evita que as indústrias percam o controle sobre a carga ao permitir visibilidade integral da operação.
“Contratar uma grande transportadora e essa mesma empresa subcontratar outro transportador é o que chamamos de terceirização, quarteirização, e até quinterização. O resultado é a perda de controle para o contratante, às vezes total, do bem que está sendo transportado. Já com o Freto, a indústria tem visibilidade de 100% das operações do transportador que movimentou a carga”, explicou.
Atualmente, a Freto mantém uma base de 217 mil veículos, atendendo mais de 3.300 cidades e registrando um índice de efetividade de entrega de 99,9%. Em 2024, o número de viagens cresceu 15%, ultrapassando 55 mil contratações.
Com foco em siderúrgicas, cimenteiras e fornecedores de matérias-primas para construção civil, a empresa ampliou sua atuação em Minas Gerais, acompanhando a demanda do setor de mineração, e investiu em uma nova filial no estado. No Nordeste, a expansão também avança e deve continuar em 2025.
CRESCIMENTO
A Freto recebeu um novo aporte de R$ 12,3 milhões em 2024, totalizando R$ 34,8 milhões investidos por fundos e investidores individuais. A empresa passou por uma fase de testes de modelo de negócios e, desde 2021, tem estruturado sua operação para crescimento sustentável.
Para 2025, a empresa prevê desafios no setor logístico devido à alta do dólar e aos juros elevados, que podem impactar os custos operacionais. A estratégia inclui reforço na gestão de custos e busca por eficiência para manter a competitividade.
“Em 2021, atravessamos uma transição importante. Saímos da fase de incubação para um modelo de negócios mais estruturado e independente. Essa mudança foi marcada pela busca em resolver as dores do setor e na criação de uma plataforma escalável, capaz de crescer e se manter no mercado a longo prazo. Esse processo exigiu muito planejamento, reflexão e ajustes contínuos, mas foi fundamental para estabelecer o que chamamos de “modelos de negócios viáveis”, que deram a base para o nosso futuro”, afirmou Gautier.
Fonte: Mundo Logística