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Descarregamento é tema de estudo de entidade do transporte de cargas

Proveniente do Índice de Eficiência no Recebimento, lista revela os melhores e piores tempos de São Paulo e região. De acordo com o Índice de Eficiência no Recebimento (IER), levantamento conduzido pelo Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), órgão vinculado ao Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), o tempo médio de descarregamento em centros de distribuição, supermercados, atacadistas e home centers é de 2 horas e 20 minutos.

A pesquisa tem como principal objetivo avaliar as redes de São Paulo e região em termos de tempo de operação, condições de infraestrutura em relação às necessidades do transportador, além de sugerir e indicar formas de melhorar os recebimentos das cargas.

O IER revelou que apenas 26,8% dos estabelecimentos contam com áreas de espera para os motoristas, assim como apenas 28,1% oferecem sanitários para motoristas, evidenciando estruturas que ainda carecem de elementos básicos e, na maioria das vezes, essencial para o serviço de descarregamento.

Segundo Fernando Zingler, diretor executivo do IPTC, a estrutura dos centros de distribuição vem sendo observada há algumas edições do IER e, apesar de uma melhora nos números, a pandemia teve influência nestes quesitos no ano de 2020. “Colocamos a questão sobre estrutura para os motoristas como sanitários e bebedouros, justamente por conta da Covid-19. Sempre observamos a questão de sanitários, que é uma estrutura mínima para os profissionais que ficam nos centros de 3 a 4 horas aguardando.

Ainda não são 100% dos estabelecimentos, que tem uma estrutura como sanitários e esse é um ponto problemático para nós. O estabelecimento não oferecer um mínimo de condições para o motorista que está lá fazendo a operação de descarga é bastante preocupante, mas vemos que ano após ano, esse indicador vem melhorando e, cada vez mais, evoluindo e com o aumento do número de locais com sanitários. Também temos visto que os centros têm dado valor à qualidade desses locais, reformando-os e deixando-os mais acessíveis e limpos”.

Ao analisar o resultado das pesquisas, o IPTC constatou que o custo da hora parada do caminhão impacta principalmente a produtividade do transportador. Se desprende um tempo para chegar no local, para descarregar o caminhão, que geralmente é em torno de 2 a 3 horas, mais o tempo de deslocamento para chegar e retornar até os locais onde estão estas cargas ou até a própria transportadora. Tudo isso acaba por somar por volta de 5 horas da carga horária do dia, sendo que quanto maior for esse tempo que se está ali aguardando para descarregar, menos entregas poderão ser escaladas em uma mesma rota. Quanto maior o tempo de espera do caminhão no pátio desses estabelecimentos, menos clientes a empresa conseguirá atender.

Tendo a divulgação do ranking completo em vista, Zingler falou um pouco sobre os pontos a serem levados em consideração para subir de posição na classificação do IER. “O principal ponto para subir no ranking é o tempo médio que se leva para descarregar. Quanto maior o tempo, menor a posição no ranking. A questão é que o tempo médio é consequência de todos os outros pontos que elencamos, tanto referentes à infraestrutura quanto de procedimentos. Porém os procedimentos ainda hoje, são os principais pontos que derrubam os estabelecimentos no ranking.

Entre eles, o principal é o agendamento, pois hoje, da forma como é feito e que é cumprido, é dificultoso e envolve muitos agentes, além de questões mais específicas como cobrança no descarregamento e ações que são realizadas nas docas mesmo. Tudo isso vai acabar influenciando no tempo médio final e na posição no ranking”.

 

 

 

 

Fonte: Assessoria

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