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Nanotecnologia: Petrobras investe no aumento de eficiência na produção de petróleo

A Petrobras está desenvolvendo soluções nanotecnológicas com o objetivo de aumentar a produção dos seus campos de petróleo. A utilização da nanotecnologia para o uso em Recuperação Avançada de Petróleo poderá viabilizar a extração de mais óleo e gás que técnicas convencionais já utilizadas. A companhia investiu R$ 21,3 milhões nesta tecnologia nos últimos anos, utilizando recursos financeiros das cláusulas de investimentos em PD&I, regulados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“O domínio dessa tecnologia pela Petrobras poderá ser um divisor de águas para a produção offshore da companhia, com soluções mais eficientes e de menor custo que as tecnologias convencionais para Recuperação Avançada de Petróleo”, afirma o gerente de reservatórios do CENPES, Cláudio Marcos Ziglio.

Por meio do seu Centro de Pesquisa (Cenpes), em parceria com grupos de pesquisa do Brasil, a companhia vem desenvolvendo soluções como nanopartículas, nanocápsulas e nanomateriais de carbono (nanotubos, grafeno e carbon black) com o objetivo de aumentar a produção de petróleo e melhorar a eficiência das operações de Poço.

“A manipulação da matéria em escala atômica e molecular é o grande diferencial da nanotecnologia. Isso permite criar novos nanomateriais com características específicas, que contribuem para aumentar a produtividade dos nossos campos de petróleo”, comenta o engenheiro de petróleo do CENPES, Leonardo Alencar de Oliveira.

SPARTAN

A solução mais promissora é o SPARTAN (Sweep Performance Augmentation Realized by Thermally Activated Nanosystem), um produto desenvolvido em parceria com o Instituto de Química da UFRJ. Trata-se de um sistema termossensível (responde à temperatura, aumentando a sua viscosidade) que gelifica no interior do reservatório de petróleo e é capaz de bloquear caminhos preferenciais de água, como canais, falhas ou fraturas (cenário típico de reservatórios heterogêneos, como os do pré-sal). Como consequência, aumenta o fator de recuperação do campo de petróleo e reduz a produção excessiva de água. Estima-se que o sistema consiga ir a campo até o final de 2022. Outras soluções nanotecnológicas, como os nanomateriais de carbono e as nanocápsulas, poderão ser aplicadas até 2025. As nanocápsulas permitem a liberação controlada de produtos químicos no interior do reservatório.

A Petrobras, em parceria com institutos de pesquisa e universidades brasileiras, é pioneira no país no desenvolvimento de soluções nanotecnológicas para Recuperação Avançada de Petróleo. Por meio de Termos de Cooperação, possui parceria com a USP, UFRJ, UFF, UFMG e IPT no desenvolvimento de soluções nanotecnológicas que compreendem atividades de síntese e funcionalização dos nanomateriais, caracterização química e ensaios de laboratório.

Fonte: Agência Petrobras

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