China vive desafios comerciais sem precedentes, diz ministro do Comércio
Economistas acreditam que exportações devem piorar nos próximos meses, apesar da queda de 9% nos quatro meses iniciais de 2020.
O comércio internacional da China vive desafios “sem precedentes” em meio à queda da demanda global em decorrência da pandemia do novo coronavírus, disse o ministro do Comércio do país, Zhong Shan. Ele afirmou em um briefing que exportadores chineses enfrentam pressões de liquidez e cancelamentos de pedidos, já que a demanda externa teve forte queda nos últimos meses.
Nos quatro meses iniciais de 2020, as exportações chinesas caíram 9% em comparação com um ano antes, enquanto importações recuaram 5,9%, de acordo com dados divulgados na semana passada. Mas economistas acreditam que exportações devem piorar nos próximos meses, quando efeitos da recessão causada pela pandemia aparecerem em outras partes do mundo.
O ministro do Comércio chinês disse que o governo aumentou descontos nos impostos de exportação nos últimos meses para reduzir pressões de liquidez para exportadores, e também se movimentou para ajudar companhias a venderem produtos no mercado doméstico. Em abril, produtos para exportação vendidos no mercado chinês subiram 17%, de acordo com o ministro.
Zhong prometeu apoiar setores que foram fortemente afetados pelo vírus – nos quatro primeiros meses do ano, receitas de restaurantes chineses, por exemplo, caíram 41%, com o setor respondendo por cerca de 11% das vendas de varejo da China.