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Restrições a brasileiros nos Estados Unidos trarão impacto econômico no segundo semestre

Medidas foram tomadas pelo governo americano e de outros países no continente por conta do aumento de casos de covid-19 no Brasil.

O rápido avanço da covid-19 no Brasil têm causado o crescimento de medidas restritivas aos brasileiros nas Américas. A partir desta terça-feira (26), brasileiros não poderão mais entrar nos Estados Unidos. Em 2018, mais de 2 milhões de brasileiros visitaram o país, e os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China. Além disso, mais de um milhão de brasileiros moram nos Estados Unidos, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores.

“O critério usados pelos americanos para barrar os brasileiros foi o mesmo adotado em relação a outros países com altos índices de transmissão de covid-19. Não há diferenciação no tratamento aos brasileiros, apesar dos gestos de aproximação pré-pandemia entre os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro, como a isenção de visto para a entrada de americanos no Brasil. Um eventual prolongamento dessa proibição no segundo semestre terá consequências econômicas negativas, em especial no turismo de negócios entre os dois países”, afirma Leonardo Trevisan, economista e professor de Relações Internacionais na ESPM SP.

Argentina, Colômbia, Paraguai e Uruguai têm reforçado a segurança sanitária nas cidades fronteiriças e restringindo a circulação de caminhões brasileiros. “Quando o Brasil fez a escolha de não seguir os mesmos protocolos da OMS que os vizinhos seguem, isso gera um custo nas relações exteriores do país, em especial na América do Sul. Nos próximos meses, os países com melhor desempenho na gestão da crise sanitária resistirão em receber oriundos de locais com altas taxas de transmissão”, completa Trevisan.
Fonte: ESPM

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