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Pandemia não afetará plano de concessões

No final do ano passado, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, projetou um ano promissor para o País em 2020 no que concerne aos projetos de infraestrutura, área cujo déficit compromete a competitividade, a eficiência e a atração de investimentos para o Brasil. A eclosão do surto de covid-19, ocasionada por uma nova cepa do coronavírus, não deverá, de acordo com o ministro, afetar a disposição de investidores em participar dos leilões de concessão previstos para este ano. A doença já infectou mais de 100 mil pessoas em cerca de cem países, incluindo o Brasil, e tem gerado justa apreensão no mercado global.

“Quando se fala de concessões de infraestrutura”, disse o ministro Tarcísio de Freitas ao Estadão/Broadcast, “está se tratando de ativos que serão operados por décadas, ativos que atraem um perfil de longo prazo”. De fato, por mais preocupantes que sejam os desdobramentos da doença no presente, seja sob a perspectiva sanitária – a que demanda maior cuidado no momento –, seja pelas implicações na economia, a incerteza quanto à dimensão do surto de covid-19 e seus efeitos tende a arrefecer a médio e longo prazos à medida que progridam as pesquisas científicas sobre o novo agente infeccioso e, deste modo, governos e empresas possam se preparar melhor para lidar com um problema cuja gravidade se dá, entre outras razões, justamente pelo desconhecimento completo de seu real poder de disseminação. O que se sabe, por ora, é que entre 60% e 70% da população mundial deverá ter contato com o novo coronavírus em dois anos.

Fonte: Estadão Conteúdo

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