China deverá priorizar projetos de energia renovável sem subsídios em novo plano
A China dará prioridade à construção de projetos eólicos e solares que possam operar sem subsídios neste ano e irá limitar a instalação de novas usinas com subsídios, afirmou nesta sexta-feira a agência reguladora de energia do país, como parte de esforços para aliviar atrasos no pagamento dos incentivos.
Após uma rápida queda nos custos de produção de equipamentos, a China tem gradualmente cortado a quantidade de subsídios aos fornecedores de energia renovável. No ano passado, o país declarou que tomaria medidas para garantir que os geradores eólicos e solares pudessem alcançar “paridade de preço da rede” com as fontes tradicionais de energia, como o carvão.
A China já se comprometeu a lançar uma série de projetos solares e eólicos que possam fornecer eletricidade ao mesmo preço que a gerada por carvão, depois de um aumento na capacidade das renováveis ter deixado o Ministério das Finanças com atrasos de pelo menos 120 bilhões de iuanes (17,9 bilhões de dólares) no pagamento de subsídios.
Após estudar as condições locais, os departamentos regionais de energia deverão dar prioridade à construção de unidades eólicas e solares com paridade de preço da rede, e controlar racionalmente a escala de novos projetos que ainda necessitem de subsídios, apontou a Administração Nacional de Energia da China no esboço das novas regras.
“Projetos que precisem de subsídio governamental terão de competir entre si nos preços… O pagamento do governo irá priorizar os projetos que tenham expectativas de não precisar mais de subsídios no curto prazo”, afirma o rascunho do plano.
O documento do órgão pede ainda que autoridades locais sejam mais racionais quando aprovarem novos projetos, especialmente para o desenvolvimento de energia eólica offshore, em alto mar.
A China ampliou em 20,59 gigawatts sua capacidade instalada em parques eólicos em 2018, chegando a um total de 184 gigawatts, segundo dados do regulador.
Fonte: Reuters