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Postado em 12 de agosto de 2020 | 17:31

Usina de biogás da Raízen recebe autorização para comercializar energia

A usina de produção de energia por meio do biogás – gerado a partir de torta de filtro e vinhaça, subprodutos da cana-de-açúcar – da Raízen Geo Biogás, joint venture da Raízen com a Geo Energética, já está pronta e recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Anell) para comercializar sua produção.

O empreendimento, que recebeu o investimento de R$ 153 milhões, foi anunciado em agosto de 2018 e está localizado em Guariba (SP). A Raízen já opera uma usina de cana-de-açúcar no munícipio, com capacidade para moer 5 milhões de toneladas de cana por ano e com infraestrutura de exportação de energia.

Conforme despacho publicado hoje no Diário Oficial da União, a UTE Biogás Bonfim possui três unidades geradoras de 2.985 kW diários cada, totalizando 8.955 kW de capacidade instalada. De acordo com a Raízen, sua capacidade anual esperada é de 138 mil MWh.

Com isso, a planta deve abastecer tanto Guariba quanto os municípios ao redor. A cidade foi escolhida justamente por ser sede da usina Bonfim, da Raízen, que tem a segunda maior operação da companhia em moagem de cana, reaproveitando os resíduos da produção de açúcar e etanol.

Além disso, com a autorização da Aneel, a UTE Biogás Bonfim pode fornecer a energia gerada praticamente um ano e meio antes do início do contrato firmado a partir do leilão de 2016, no qual a empresa foi vencedora, comprometendo-se com 96 mil MWh. O volume excedente poderá ser negociado no mercado livre, o que é facilitado por estar localizada próxima aos grandes centros industriais do estado.

De acordo com o que foi divulgado em 2018, a Raízen terá participação de 85% na administração da usina e os outros 15% serão da Geo Energética, que já opera uma usina a biogás de menor escala no noroeste do Paraná.

Segundo o vice-presidente executivo de logística, distribuição e energias renováveis da Raízen, Antônio Simões, a abertura desta planta é fundamental para aproveitamento máximo dos insumos.

“Com o início desta operação, reforçamos nosso papel na vanguarda da geração de energia ao adotar a torta de filtro e a vinhaça como fonte de produção do biogás, destacando a capacidade da empresa de escalar tecnologias para plantas comerciais, o que significa uma grande inovação para o setor e um grande desafio para a companhia”, afirmou por meio de comunicado.

O biogás é resultado de um complexo processo produtivo em que biodigestores convertem a matéria orgânica da torta e da vinhaça em metano e CO2. Essa mistura passa por um processo de dessulfurizarão – para a purificação do gás – e então vai para motogeradores de eletricidade.

“A geração de energia por meio de fontes renováveis ressalta o compromisso da companhia em atuar de forma sustentável, em um verdadeiro sistema de economia circular, aproveitando todos os resíduos utilizados em seus processos para a geração de novos produtos e contribuindo com o meio ambiente, gerando menos resíduos industriais e ampliando portfólio de energia por meio de fontes renováveis que ajudam a limpar a matriz energética brasileira”, complementa Simões.

 

 

Fonte: Nova Cana


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