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Postado em 6 de junho de 2022 | 17:07

Opep+ chega a acordo para elevar produção de petróleo em 648 mil barris por dia

Os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) chegaram a um acordo para elevar a produção diária a 648 mil barris nos meses de julho e agosto, dos atuais 432 mil barris de petróleo por dia, segundo comunicado oficial após a conclusão da reunião mensal realizada hoje por videoconferência.
No encontro, os representantes da organização destacaram a mais recente reabertura da atividade após os bloqueios por causa da covid-19 nos principais centros econômicos globais, ressaltando ainda que as refinarias devem aumentar a capacidade após a manutenção sazonal.

Ainda no encontro, destacou-se a importância de “mercados estáveis e equilibrados” tanto para o petróleo bruto quanto para derivados. Para tanto, a Opep avalia ser necessário estender o período de compensação das cotas de produção até dezembro, conforme solicitado por alguns países-membros com baixo desempenho, além de solicitar que os países com baixo desempenho enviem seus planos de produção até o próximo dia 17.

A próxima reunião da Opep está marcada para o dia 30 deste mês. Em reação à decisão da Opep, os preços do petróleo apagaram a queda e passaram a subir. Às 10h45, o contrato futuro para agosto do tipo Brent, a referência global, subia 0,40%, a US$ 116,75; enquanto o contrato futuro para julho do tipo WTI, a referência americana, avançava 0,51%, a US$ 115,85 por barril.

Logo após o final da reunião, a Casa Branca enviou comunicado elogiando a decisão. Apesar de não fazer parte da Opep, os Estados Unidos vinham conversando com diversos membros do grupo aumentar a produção de petróleo e evitar grandes aumentos nos preços causados pela guerra contra a Ucrânia, algo que poderia beneficiar a Rússia, que se aproveitaria a alta do petróleo para mitigar os efeitos dos embargos impostos ao país.

Durante semanas o grupo disse que não iria aumentar sua produção.

Os EUA também pressionam o grupo a excluir a Rússia da Opep+, uma expansão da Opep original que inclui outros países com grande produção de petróleo. Segundo o The Wall Street Journal, membros do grupo já admitem a possibilidade de excluir a Rússia da organização.

A Opep oficialmente não discute a guerra na Ucrânia, dizendo que é uma questão política, porém a aprovação do aumento de produção indica que a pressão americana surtiu efeito. Outro ponto que ajudou na negociação foi a confirmação de uma viagem do presidente Joe Biden à Arábia Saudita na próxima semana, indicando uma aproximação do governo Biden com o estado árabe.

Durante o encontro, o líder americano deve discutir questões relacionadas ao petróleo e pressionar por uma ação da Opep contra a Rússia.

 

 

 

Fonte: Valor


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