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Postado em 6 de agosto de 2020 | 17:42

Explosão causada pelo nitrato de amônio em Beirute deixa nervoso o mercado de fertilizantes no Brasil

Depois do impacto das imagens da explosão em Beirute  na terça-feira (4), com a identificação das razões daquele incidente que ainda conta o número   mortos e feridos e milhares de desabrigados no Líbano, o Nitrato de Amônio, bastante usado nos fertilizantes, anestésicos, explosivos,  entre outras aplicações, criou um expectativa desconfortante no mercado. Por isso, a ANDA – Associação Nacional para Difusão do Adubo  – divulgou um manifesto de solidariedade às vítimas e procurando tranquilizar e esclarecer  as pessoas e instituições sobre o uso desse produto químico. A nota que reproduzimos agora, é assinada pelo presidente da associação, Eduardo de Souza Monteiro:

“ A ANDA manifesta sua solidariedade para com as vítimas do acidente ocorrido em Beirute, Líbano, em decorrência da forte explosão registrada na região portuária da capital libanesa. Oferecemos todo o nosso apoio à comunidade brasileira e libanesa atingida por esta tragédia.

Em atenção aos questionamentos referentes ao nitrato de amônio, esclarecemos que o composto é um produto químico de fundamental importância para o desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas, com aplicação na agricultura como fertilizante, matéria-prima para fabricação de gases anestésicos, tratamento de esgotos e produção de explosivos civis. Por ser um fertilizante de alto teor de nitrogênio – nutriente vital para as plantas –, é utilizado em larga escala para melhoria da produtividade dos solos agrícolas brasileiros.

Devido a suas propriedades químicas, requer cuidados especiais em sua armazenagem, manuseio, transporte e aplicação. Todos os fertilizantes à base de nitrato de amônio são, em condições normais, substâncias estáveis que por si próprias não apresentam risco e não são inflamáveis. Cabe ressaltar que eles podem se decompor apenas se expostos a condições inadequadas de calor, contaminação ou confinamento e, caso tal decomposição ocorra e não seja debelada adequadamente, pode ocasionar o aumento da intensidade do fogo ou mesmo causar explosões, desprendendo fumaça tóxica e gases, mas estes riscos são eliminados se observadas as regulamentações e recomendações conhecidas pelo Setor.

No Brasil, a regulamentação das questões envolvendo o produto é de responsabilidade da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), ligado ao Exército Brasileiro. Em sua mais recente portaria sobre o tema (Portaria Colog n° 147, de 21 de novembro de 2019), que contou com a participação efetiva de um Grupo Técnico de Trabalho da ANDA, o órgão dispõe sobre os procedimentos administrativos para o exercício das atividades com este insumo.

O regulamento estabelece uma série de requisitos a serem cumpridos, que vão de rígidas exigências sobre locais para armazenamento, manuseio pelas indústrias, transporte, estoque em entrepostos ao manejo para aplicação no solo, visando a eliminar os riscos àqueles que com ele operam e garantir a segurança da utilização do produto. Portanto,  seguidas as orientações da Portaria Colog, as recomendações das autoridades e boas práticas da Indústria, a ANDA entende que as operações com Nitrato de Amônio são seguras.”

 

 

Fonte: Petro Notícias


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