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Postado em 18 de janeiro de 2024 | 18:04

Combinação de ativos entre 3R e Petroreconcavo agita o mercado e pode ser concluída já no 3º trimestre

A quinta-feira despontou no horizonte com muito movimento nos bastidores do setor de óleo e gás. Isso porque surgiu nos corredores do mercado a informação de uma possível combinação de ativos entre as petroleiras independentes 3R e PetroReconcavo. A proposta foi apresentada pela companhia sueca Maha Energy, que detém 5% do capital da 3R. De acordo com o plano, apresentado em uma carta (disponível neste link), a ideia é agrupar todos os campos onshore das duas companhias debaixo da PetroReconcavo, gerando ganhos de US$ 1 bilhão em sinergias. A 3R, por sua vez, ficaria com os seus atuais ativos offshore e seus acionistas receberiam ações na PetroReconcavo. De acordo com executivos da Maha Energy, que participaram de videoconferência com analistas com o objetivo é finalizar negociações e fechar acordos para uma fusão de ativos no terceiro trimestre deste ano.

Em comunicado ao mercado, a 3R confirmou nesta quinta-feira que recebeu a proposta da Maha e disse que iniciará uma análise sobre o assunto. “A companhia analisará o conteúdo da carta e adianta que manterá sua atual estratégia de negócios, bem como manterá seus investidores e o mercado em geral devidamente informados”, disse a petroleira independente. Já a PetroReconcavo declarou que não recebeu ainda a proposta formal de combinação com os negócios da 3R Petroleum e, portanto, não há negociações em andamento neste sentido. Mas isso deve mudar em breve.

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Pelo calendário desenhado pela Maha Energy, a ideia é apresentar em conjunto com o Conselho de Administração da 3R Petroleum a proposta de combinação de negócios à PetroReconcavo, visando chegar a acordo sobre termo de compromisso até 28 de fevereiro. As negociações devem durar durante o segundo trimestre para, enfim, obter as aprovações das autoridades e credores relevantes e fechar a transação no terceiro trimestre.

Nos cálculos da Maha Energy, o portfólio onshore combinado abrangeria aproximadamente 458 milhões de barris de reservas provadas e 604 milhões de barris de reservas provadas e prováveis (com base nas informações públicas mais recentes). Esses números se traduziriam em uma produção combinada em 2024 de cerca de 80 mil barris de óleo equivalente por dia, com potencial para gerar US$ 2,1 bilhões em receitas e US$ 1,1 bilhão em pré-sinergias de EBITDA.

Caso a operação seja aprovada, a atual equipe da PetroReconcavo permanecerá responsável pela gestão dos negócios onshore, sendo reforçada pelo quadro de funcionários da 3R Petroleum. Cada empresa teria 50% das atividades onshore, e cada ação da 3R Petroleum corresponderia a uma ação da PetroReconcavo. As operações offshore da 3R Petroleum seriam segregadas e continuariam negociadas na bolsa de valores.

 

 

 

Fonte: Petro Notícias


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