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Postado em 11 de março de 2021 | 17:06

Alho: mercado brasileiro tem espaço para exportação egípcia

Em evento promovido por instituição egípcia, o adido agrícola do Brasil no Cairo indicou, ainda, outras oportunidades para exportadores do país árabe. O secretário-geral da Câmara Árabe também falou no seminário.

O produto que os exportadores do Egito têm espaço para vender mais ao mercado brasileiro é o alho. A perspectiva foi apresentada pelo adido agrícola do Brasil no Cairo, Cesar Simas Teles (foto acima), durante o seminário virtual “Como Exportar ao Brasil”, voltado a produtores de alimentos do país árabe. O evento foi promovido pelo Conselho de Exportações Agrícolas do Egito (AEC) nesta quarta-feira (10).

“Para mim, o alho é o principal produto no momento. Há uma oportunidade enorme. O Brasil tem como fornecedores de alho agora a China, a Argentina, a Espanha, e então o Egito”, apontou ele, lembrando que as exportações chinesas ao Brasil são taxadas e por isso há oportunidade para os egípcios conquistarem mais desse mercado.

O adido acredita, ainda, que a própria pandemia pode ter acelerado a busca do consumidor pelo produto, que vê no alho um alimento saudável. “O Brasil precisa importar metade de sua necessidade de consumo de alho”, disse.

O secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour, que falou no seminário, destacou também um dado sobre o produto. A participação do Egito no mercado de alho do Brasil foi de 13%, em 2020. A receita movimentada com os embarques foi de US$ 6,64 milhões no ano.

Outro produto citado por Cesar Simas Teles como de forte potencial para os egípcios venderem ao Brasil foi o morango congelado. O Brasil gastou US$ 9,8 milhões com importações do produto em 2019 e, segundo o adido, o Egito foi o sexto principal país a exportar morango congelado no período ao mercado brasileiro.

O executivo lembrou, ainda, do recém-aberto mercado de frutas cítricas do Brasil pelos egípcios. Só em 2019, o mercado brasileiro comprou US$ 35,8 milhões em frutas cítricas, volume que pode agora ter uma fatia conquistada pelo Egito. “Preciso chamar atenção para dois produtos, uvas e frutas cítricas. São mercados premium. Se você enviar outros tipos de produto, provavelmente não vai conseguir competir com o produtor nacional”, pontuou.

Na apresentação de Mansour, ele informou que entre as nações árabes, o Egito foi o sexto principal exportador de produtos ao Brasil e o terceiro maior destino de produtos brasileiros ano longo de 2020. Já sobre o acordo de livre comércio entre o Egito e o bloco econômico do Mercosul, do qual o Brasil faz parte, o secretário lembrou que 89% de todos os alimentos importados pelo Brasil do Egito em 2020 são parte do tratado.

Também falaram no evento outros especialistas e autoridades como Michael Gamal Kaddes, diretor geral de Acordos Comerciais do Ministério do Comércio e Indústria do Egito, e Nashwa Salah, do Serviço Comercial Egípcio (ECS) no Brasil.

 

 

 

Fonte: ANBA


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