Vendas de petróleo da Venezuela aos EUA caem ao menor nível em quase 30 anos
As exportações de petróleo venezuelano para os Estados Unidos no ano passado caíram 15 por cento, para a média anual mais baixa em quase três décadas, de acordo com dados do Refinitiv Eikon, diante do colapso na produção do país sul-americano e de sanções financeiras impostas por Washington.
Os volumes brutos enviados aos Estados Unidos pela estatal PDVSA e suas joint ventures caíram para 500.013 barris por dia (bpd), um terço menos ante cinco anos atrás e a menor quantidade desde 1989, mostraram números do Refinitiv Eikon e da Administração de Informação de Energia dos EUA.
A falta de investimento, a má gestão e a fuga de trabalhadores levaram a produção de petróleo do integrante da Opep ao nível mais baixo em quase sete décadas. Sob um conselho de administração liderado por militares, a produção caiu para uma média de 1,516 milhão de bpd de janeiro a novembro do ano passado, uma queda de 27 por cento em comparação aos 2.072 milhões de bpd de todo o ano de 2017, segundo números oficialmente reportados à Opep. Outras estimativas são ainda menores.
A Venezuela está lutando para cumprir contratos de fornecimento de petróleo bruto, incluindo aqueles vinculados a pactos de compra de petróleo em troca de empréstimos com firmas russas e chinesas. A receita insuficiente de exportação tem feito os venezuelanos sofrerem com a hiperinflação e falta de produtos básicos, alimentando um êxodo projetado para atingir 3 milhões de pessoas.
Os Estados Unidos, o maior destino da exportação de petróleo da Venezuela, à frente de Índia e China, foram particularmente afetados pela queda nos embarques, especialmente desde que sanções ao país e à PDVSA foram impostas em 2017 pelo presidente Donald Trump. A administração está considerando novas medidas que podem começar este mês.
Fonte: Reuters