Transporte na Norte-Sul pode começar em 2020
A empresa Rumo ainda não assinou contrato com o governo federal depois de arrematar em leilão trecho de 1,5 mil quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. A previsão é de que isso ocorra em menos de 70 dias. Depois dessa etapa, conforme a concessionária informou durante reunião em Anápolis, a previsão é de que o transporte a partir de Goiás terá início em oito meses.
Assim, a partir de 2020, o trecho entre Goiás e Palmas (TO) voltaria a funcionar. Desde 2014, quando foi inaugurado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), foram poucos os transportes realizados pela Norte-Sul em Goiás. Por isso, o leilão da ferrovia, ocorrido em março – e que rendeu R$ 2,7 bilhões ao governo federal –, trouxe a expectativa de que finalmente ela pudesse ser plenamente utilizada para chegada e envio de cargas a partir do Estado.
Porém, como já era previsto, a empresa ainda precisará terminar as obras na parte Sul do trecho concedido, que vai de Anápolis a Estrela D’Oeste (SP). Essa seria a parte mais crítica atualmente.
Segundo a Rumo, os trabalhos devem demorar de um ano e meio a dois anos para que todas as obras necessárias ?quem prontas. Só depois é que toda a ferrovia passaria a ter operações de transporte por completo, em toda extensão.
Enquanto os primeiros trâmites são realizados, negociação comercial com algumas empresas já ocorrem. Entre os investimentos imediatos, além das obras, estariam material rodante e centro de controle.
Apesar de a espera ainda ser longa pelo início das operações em todo o trecho, empresários afirmam que a empresa poderá até surpreender e adiantar o início das operações. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia), Álvaro Otávio Dantas Maia, alerta, por outro lado, que não é porque ocorreu o leilão que aumentou as garantias, ainda há preocupação com o funcionamento pleno. “Nos deixaram esperançosos, eles vieram com números muito bons”, afirma.
Para o diretor de Operações do Porto Seco Centro-Oeste, Everaldo Fiatkoski, uma das maiores preocupações é com o direito de passagem, mas negociações com a VLI, que detém o tramo Norte, e arbitragem do governo podem sanar problemas.
Fonte: O Popular