Segundo a IATA, a região registrou o pior resultado para o mês desde 2020 como reflexo do enfraquecimento das relações com os Estados Unidos e a desvalorização do dólar.
As transportadoras da América Latina registraram um aumento de 2,1% na demanda por carga aérea em agosto, segundo dados da Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA). No entanto, esse é o resultado mais fraco para o mês de agosto desde 2020.
De acordo com a pesquisa, essa tendência pode ser atribuída ao enfraquecimento das exportações da região para os Estados Unidos — seu principal parceiro comercial — em razão de mudanças recentes na política comercial e da desvalorização do dólar. O levantamento também revelou que a capacidade de carga na região aumentou 5% em relação ao ano anterior.
Globalmente, a carga aérea cresceu 4,1% em agosto, marcando o sexto mês consecutivo de expansão, impulsionada pela alta de 5,1% nas operações internacionais. Além disso, a capacidade, medida em toneladas de carga por quilômetros disponíveis (ACTK), cresceu 3,7% em comparação a agosto de 2024.
De acordo com o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, os volumes transportados continuam em expansão mesmo com as mudanças nos padrões do comércio global. “A carga aérea se beneficiou da migração do transporte marítimo para o aéreo em alguns bens de alto valor, enquanto embarcadores buscam minimizar riscos de mudanças tarifárias”, afirmou.
A pesquisa ainda destacou que o comércio global de bens cresceu 5,4% em julho na comparação anual e os preços do combustível de aviação em agosto caíram 6,4% em relação ao ano anterior.
O executivo informou que os padrões de crescimento mostram desvio parcial das rotas da América do Norte, impulsionando um crescimento mais forte nos corredores Europa–Ásia, Dentro da Ásia, África–Ásia e Oriente Médio–Ásia. “Essa adaptabilidade é vital enquanto os embarcadores enfrentam o cenário em evolução da política tarifária dos EUA”, ressaltou.
Fonte: Mundo Logística
