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Rafael Lamastra Jr. reafirma compromisso com privatização da Compagas em 2021

“Enquanto paranaenses, devemos ter consciência que a privatização da Compagas é o que garantirá melhor oferta de preços à população e à indústria”. Com essa fala, o diretor-presidente da Compagas (Companhia Paranaense de Gás), Rafael Lamastra Jr., sintetizou o norte da distribuidora de gás canalizado para os próximos meses. Durante reunião virtual do Conselho Temático de Infraestrutura-MPP – do Movimento Pró-Paraná – nesta terça-feira (28), o executivo, que também é vice-presidente do Conselho de Administração da Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado), traçou um cenário otimista para o gás natural no Paraná: em 2020, a previsão é de equilíbrio das contas da Companhia, já focando no processo de desestatização.

“A cadeia de gás natural está em transição no Brasil, a começar pela Petrobras”, afirmou Lamastra Jr., relembrando a venda de ativos da estatal. “Temos três grandes desafios no setor, cuja eficácia será potencializada pelas privatizações: a ampliação da rede de transporte, que praticamente em todo país não tem interiorização; a ampliação do número de supridores, que vai gerar o aumento da competitividade; e, talvez o mais importante, a redução de preço do produto como consequência direta dos objetivos anteriores”.

Consultor em Infraestrutura e Logística da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), João Arthur Möhr avaliou como extremamente positiva a fala de Lamastra Jr. para o mercado. “É fundamental ter um gás barato”, disse. “Acreditamos nesses movimentos a partir de situações específicas: a mudança na legislação; a modernização dos marcos; o mercado livre de energia; a nova concessão; e, também, a eventual privatização da Compagas”.

Equilíbrio em meio a revés econômico

O ano de 2020 tem sido desafiador para a gestão da Compagas, destacou Lamastra Jr. O fechamento da unidade da Petrobras, em Araucária (PR), representou a perda de 30% do volume de gás distribuído da companhia paranaense. Posteriormente, a pandemia da Covid-19 representou uma queda de 33% no consumo de gás em todo o estado. Atualmente, o número se encontra ainda em déficit, mas de 21%. Apesar disso, a projeção do ano é de fechar em equilíbrio.

“Vamos encerrar 2020 praticamente igual a 2019. Fizemos nossa lição de casa e estamos reestruturando a atividade para que isso não gere empecilhos em uma futura venda”, reforçou. “A redução no consumo nos preocupa enquantoestado, porque isso significa, diretamente, que a indústria está deixando de produzir ou, em alguns casos, fecharam definitivamente. O consumo de gás é um reflexo direto da crise”.

Início da privatização para 2021

O diretor-presidente da Compagas estima que a partir do início do próximo ano o processo de encaminhamento da privatização tenha início. A partir da renovação da concessão por parte do Governo do Paraná, a Copel – acionista majoritária – pode dar início à alienação de suas ações.

“Esses movimentos são de expectativa e otimismo”, reforça. “O gás natural irá se tornar cada vez mais, um energético muito atraente no Brasil, tanto para quem explorar o sistema quanto para quem se utilizar do gás. Apesar do momento complicado, os próximos anos serão de novidades muito positivas”.

Sobre a Compagas — Empresa de economia mista, tem como acionista majoritária a Companhia Paranaense de Energia – Copel, com 51% das ações, a Gaspetro, com 24,5% e a Mitsui Gás e Energia do Brasil, com 24,5%. Em março de 2000, a empresa passou a ser a primeira distribuidora do Sul do país a fornecer o gás natural canalizado aos seus clientes, com a inauguração do ramal sul do gasoduto Bolívia – Brasil (Gasbol). Atualmente, a Compagas conta com mais de 47 mil clientes dos segmentos residencial, comercial, industrial, veicular e geração de energia elétrica e está presente em 16 municípios: Araucária, Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Colombo, Quatro Barras, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Campina Grande do Sul, Paranaguá, Carambeí, Castro e Arapoti.

 

 

Fonte: Assessoria

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