Shell minimiza risco de reservas de petróleo e gás encalhadas

Seus gastos anuais, no entanto, devem manter o foco em petróleo e gás nos próximos anos.

A Shell, maior comerciante de petróleo e gás do mundo, disse que vende cerca de 4,6% da energia consumida no mundo e produz cerca de 1,4% da energia primária total.

O executivo-chefe Ben van Beurden disse que a estratégia net-zero é “totalmente consistente” com a meta mais rigorosa apoiada pela ONU estabelecida em uma conferência de Paris em 2015 para limitar o aquecimento global.

Mas ativistas climáticos e grupos de pesquisa criticaram planos para permitir que o uso de compensações de carbono permita que as reservas de petróleo e gás sejam drenadas.

A empresa anglo-holandesa disse que colocará sua estratégia de transição energética em votação não vinculante em sua assembleia geral anual em maio, um movimento sem precedentes para empresas de petróleo e gás, disse Adam Matthews, diretor de ética e engajamento do Conselho de Pensões da Igreja da Inglaterra, que liderou o engajamento dos investidores com a Shell.

“Com este último passo importante na transição da Shell de um produtor de petróleo e gás para uma empresa de energia, uma transição multi-decadal está claramente em andamento”, disse Matthews em um comunicado.

A Shell, no entanto, instou os investidores a votar contra uma resolução apresentada pelo grupo ativista Follow This pedindo à empresa que estabeleça uma meta para a redução absoluta das emissões de carbono.

“A meta de médio prazo da Shell de uma redução de 20% na intensidade de carbono não fornecerá reduções absolutas suficientes de emissões para atingir as metas de Paris”, disse mark van Baal, chefe da Follow This, em comunicado.