Impacto na exportação de paralisação de unidades da Vale em MG é incerto, diz governo
Ainda não é possível precisar qual será o impacto do acidente com barragem da Vale em Brumadinho (MG) para as exportações brasileiras de minério de ferro, disse o diretor do Departamento de Inteligêncnia e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, nesta sexta-feira.
Segundo Brandão, o Estado de Minas Gerais respondeu por 37 por cento das exportações de minério de ferro no ano passado, atrás do Pará, com 49 por cento.
“Não conseguimos precisar efeito de paralisação de minas, porque são decisões das empresas”, disse ele, após lembrar que os volumes em questão são grandes.
Além da Vale, outras empresas atuam em Minas Gerais.
Em 2018, o país exportou 390 milhões de toneladas de minério de ferro.
Mais cedo nesta semana, a Vale informou que aprovou investimentos de 5 bilhões de reais para descomissionar todas as 10 barragens a montante da companhia em Minas, todas elas já fora de operação.
Para acelerar o processo de descomissionamento de barragens, medida que prevê a retirada todo o rejeito de minério de ferro e recuperação ambiental do local, a companhia terá que parar temporariamente produção de minério de ferro nas áreas próximas das unidades situadas em Minas Gerais.
As operações da Vale afetadas serão Abóboras, Vargem Grande, Capitão do Mato e Tamanduá, no complexo Vargem Grande, e as operações de Jangada, Fábrica, Segredo, João Pereira e Alto Bandeira, no complexo Paraopebas, incluindo também a paralisação das plantas de pelotização de Fábrica e Vargem Grande.
O rompimento da barragem da Vale na última sexta-feira deixou pelo menos 110 mortos, dos quais 71 identificados, e mais de 200 desaparecidos.
Fonte: Reuters