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Expandindo operações no mercado interno, Brado passa a atender Goiás e estados vizinhos

Operação sustentável transporta bens de consumo pela Ferrovia Norte-Sul para os varejos de Goiás, Distrito Federal, oeste de Minas Gerais e sul de Tocantins.

Nos últimos cinco meses, a Brado consolidou uma operação ferroviária híbrida em direção a Goiás. Desde o final de abril, a empresa transporta bens de consumo das indústrias paulistas aos mercados consumidores de Goiás, Distrito Federal, oeste de Minas Gerais e sul de Tocantins.

A operação é considerada híbrida porque no mesmo trem são movimentados contêineres com cargas de importação e de mercado interno.

A importação ocorre desde o início das operações, com a inauguração da rota comercial pela Ferrovia Norte-Sul no final de 2023. As cargas que chegam ao porto de Santos seguem pela ferrovia até o terminal da Brado em Sumaré, onde o trem recebe os contêineres de bens de consumo para o mercado interno. Na importação, a carga mais prevalente é de defensivos agrícolas e no mercado interno são bebidas e produtos de higiene e limpeza.

O mix de produtos segue por mais de 1,2 mil quilômetros até Anápolis (GO), de onde as mercadorias são transferidas do trem para caminhões que fazem a distribuição para cidades próximas, incluindo Goiânia e Brasília (DF).

Segundo o diretor Comercial da Brado, Daniel Salcedo, a companhia está levando para a região o modelo bem-sucedido implantando no fluxo entre São Paulo e Mato Grosso. “São mais de 40 produtos atendidos na operação, democratizando o transporte de cargas pela ferrovia e abastecendo o mercado de consumo no interior do país.”

Para ele, o novo fluxo é promissor e deve gerar resultados significativos em curto prazo. “A região, além de populosa, vem se destacando em crescimento econômico nos últimos anos. A renda das famílias, consumidoras finais das operações de mercado interno, também vem aumentando”, disse.

Em 2023, a renda média das famílias goianas cresceu 24,6%, fechando o ano em R$ 2.017 per capita ao mês. Goiás ficou na oitava posição do ranking comparativo entre os estados, com rendimento 6,5% maior do que a média brasileira, que foi de R$ 1.893. Os números são do IBGE, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

SUSTENTABILIDADE E SEGURANÇA

O transporte multimodal de cargas é mais sustentável na comparação com o estritamente rodoviário, já que o trem movimenta mais carga com menos combustível do que os caminhões necessários para o mesmo volume. A Brado desenvolveu o “Green Log”, uma ferramenta online que calcula as emissões evitadas de gases de efeito estufa.

A empresa projeta que os clientes da operação de mercado interno pelo Corredor Central deixem de emitir cerca de 20 mil toneladas de CO2 em 2024 e 2025, o equivalente a mais de 4 mil veículos. Seriam necessárias cerca de 138 mil árvores para absorver integralmente esse volume.

De acordo com a head de Logística da Syngenta, Alessandra Gamero, a parceria com a Brado habilitou a companhia a ter uma operação logística mais eficiente, segura e sustentável.

“O terminal de Sumaré está localizado na proximidade de nossa fábrica de Paulínia, permitindo que a Syngenta alavanque a utilização da ferrovia Norte-Sul, abastecendo nossos Centros de Distribuição em GO e BA”, declarou. “Além disso, essa nova operação representa mais um passo em direção à redução da pegada de carbono em nossas operações logísticas, contribuindo com nossa forte agenda de sustentabilidade e suportando o acesso às tecnologias Syngenta por parte dos agricultores destas regiões.”

Além da Syngenta, a Brado atende nessa rota empresas como Ypê, Heineken, Colgate e Ajinomoto.

Segundo a Brado, outro valor dessa operação multimodal é a segurança. O transporte em contêineres pela ferrovia minimiza as perdas de produtos e aumenta a proteção da carga contra avarias, além de reduzir de forma significativa os furtos e roubos e acidentes.

 

 

 

Fonte: Mundo Logística

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