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Dólar fecha perto de R$4,19 em dia sem Wall St e atento a declarações de Guedes

O dólar começou a semana em firme alta ante o real, fechando perto de 4,19 reais e das máximas da sessão desta segunda-feira, em pregão sem a referência de Wall Street e de dólar forte em outras praças financeiras.

O mercado analisou ainda a repetição pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de declarações sobre o novo normal para a economia brasileira contemplar juro baixo e dólar mais alto.

O comentário de Guedes vem num momento de contínuas altas do dólar neste início de ano, as quais têm desafiado previsões do mercado de que a cotação poderia se beneficiar de um período sazonalmente benéfico para o real.

No fim de novembro passado, o ministro fez as mesmas declarações e também em meio a um quadro de fragilidade da taxa de câmbio. Naquele mês, o dólar bateu recorde atrás de recorde, flertando com 4,30 reais e obrigando o Banco Central a intensificar intervenções no mercado para reduzir a volatilidade.

“Não sei se é uma estratégia (da parte de Guedes) ou se é a menos ruidosa, mas acredito que a ideia é dizer que a taxa de câmbio será determinada por movimentos de mercado, com interferência mínima”, disse Fabrizio Velloni, chefe da mesa de câmbio e sócio da Frente Corretora.

O dólar sobe 4,39% no acumulado de janeiro, o que faz do real a divisa com pior desempenho neste início de ano. A escassez de fluxo cambial continua a ser um fator citado por analistas para essa performance mais fraca. Dados do governo mostraram nesta segunda que a balança comercial teve na semana passada saldo negativo de 816 milhões de dólares.

O dólar à vista fechou esta segunda-feira em alta de 0,59%, a 4,1892 reais na venda, depois de alcançar 4,1930 reais na venda no pico intradiário.

Na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado tinha ganho de 0,64%, a 4,1915 reais, por volta de 17h45.

No exterior, o dólar subia frente a várias divisas emergentes, como iuan chinês, lira turca e rand sul-africano.

Fonte: Reuters

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