Codesp planeja desativar a Usina Hidrelétrica de Itatinga
Desativar a Usina Hidrelétrica de Itatinga, que fica em Bertioga e fornece energia elétrica ao Porto de Santos, está entre os planos do novo diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Luiz Fernando Garcia. A ideia do executivo é que o cais santista seja abastecido por uma das concessionárias responsáveis pelo fornecimento de eletricidade na região, a CPFL. Já a instalação centenária deve ser transformada em um museu.
Atualmente, a usina responde por 70% da energia consumida no Porto. Em momentos de pico, chega a 95%. Na Margem Direita (Santos), o restante é fornecido pela CPFL, por meio de um sistema de compensação. As redes das duas empresas estão interligadas – quando um sistema cai, o outro entra em operação automaticamente. Na Margem Esquerda (Guarujá e Área Continental de Santos), as redes são segregadas e os terminais recebem energia de três fontes: Itatinga e as concessionárias Elektro e CPFL.
A energia gerada por Itatinga é transmitida por circuitos trifásicos desde Bertioga até o Porto de Santos, por uma rede aérea que se prolonga por 30 quilômetros. Ao chegar na região do cais, esses cabos, agora subterrâneos, distribuem a eletricidade para outras 70 subestações ao longo do Porto. Essa rede, de 50 quilômetros de extensão, atende tanto a Docas como arrendatários e usuários do complexo marítimo.
A Autoridade Portuária também é responsável por garantir energia para abastecer suas instalações administrativas e os sistemas de iluminação de toda a área operacional e de ruas e avenidas do complexo.
Para Garcia, toda essa estrutura para manter a operação de Itatinga custa caro. Por conta disso, o executivo acredita que a melhor maneira de garantir o fornecimento de energia elétrica ao Porto é contratando o serviço de uma concessionária especializada.
“O custo que a gente tem para manutenção é muito caro e envolve um processo público, uma licitação. São R$ 27 milhões para que a gente mantenha uma manutenção e a operação regular por 12 meses. É custoso o processo licitatório público, tanto que até hoje não saiu”, afirmou.
O executivo se refere às diversas tentativas de contratação do serviço de manutenção da usina, que esbarraram em problemas como a burocracia do serviço público. Diante disso, Garcia determinou que a área técnica levante informações que serão repassadas à CPFL, para elaborar um projeto para o fornecimento de eletricidade.
Desativar a Usina Hidrelétrica de Itatinga, que fica em Bertioga e fornece energia elétrica ao Porto de Santos, está entre os planos do novo diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Luiz Fernando Garcia. A ideia do executivo é que o cais santista seja abastecido por uma das concessionárias responsáveis pelo fornecimento de eletricidade na região, a CPFL. Já a instalação centenária deve ser transformada em um museu.
Atualmente, a usina responde por 70% da energia consumida no Porto. Em momentos de pico, chega a 95%. Na Margem Direita (Santos), o restante é fornecido pela CPFL, por meio de um sistema de compensação. As redes das duas empresas estão interligadas – quando um sistema cai, o outro entra em operação automaticamente. Na Margem Esquerda (Guarujá e Área Continental de Santos), as redes são segregadas e os terminais recebem energia de três fontes: Itatinga e as concessionárias Elektro e CPFL.
A energia gerada por Itatinga é transmitida por circuitos trifásicos desde Bertioga até o Porto de Santos, por uma rede aérea que se prolonga por 30 quilômetros. Ao chegar na região do cais, esses cabos, agora subterrâneos, distribuem a eletricidade para outras 70 subestações ao longo do Porto. Essa rede, de 50 quilômetros de extensão, atende tanto a Docas como arrendatários e usuários do complexo marítimo.
A Autoridade Portuária também é responsável por garantir energia para abastecer suas instalações administrativas e os sistemas de iluminação de toda a área operacional e de ruas e avenidas do complexo.
Para Garcia, toda essa estrutura para manter a operação de Itatinga custa caro. Por conta disso, o executivo acredita que a melhor maneira de garantir o fornecimento de energia elétrica ao Porto é contratando o serviço de uma concessionária especializada.
“O custo que a gente tem para manutenção é muito caro e envolve um processo público, uma licitação. São R$ 27 milhões para que a gente mantenha uma manutenção e a operação regular por 12 meses. É custoso o processo licitatório público, tanto que até hoje não saiu”, afirmou.
O executivo se refere às diversas tentativas de contratação do serviço de manutenção da usina, que esbarraram em problemas como a burocracia do serviço público. Diante disso, Garcia determinou que a área técnica levante informações que serão repassadas à CPFL, para elaborar um projeto para o fornecimento de eletricidade.
“De acordo com a CPFL, eles estão preparados para fornecer energia para o Porto. A questão é a partir da porta para dentro. Ajustes precisam ser feitos com os terminais – a questão dos cabeamentos que a área técnica passou que cabe a nós. Vamos tentar que eles façam isso, mas precisa de um estudo. A ideia é que a gente não despenda R$ 1,00 de recurso ou o mínimo possível para que a CPFL assuma essa função”, afirmou Garcia.
Resistência
O presidente da Codesp reconhece o valor histórico da instalação centenária, mas não vê viabilidade em manter a situação como está.
Para Garcia, não será possível concluir a desativação de Itatinga e firmar o contrato de fornecimento de energia com uma concessionária em seu mandato, que deve ir até o final do ano. Mas sua ideia é dar o start. “Para o trabalhador do Porto, ela (a usina) é emblemática e, de fato, histórica. As pessoas passaram por aquilo. Mas hoje não dá mais. A ideia é que a gente inicie essa transição porque a CPFL disse que não havia uma diretriz e nem uma correspondência oficial sobre o assunto”.
“Na minha visão de mercado, por mais que a gente pague um pouco mais caro, mas se a gente tem um problema com energia, aciona a CPFL. Não é o caso de o porto mobilizar um pessoal, a Guarda Portuária, porque roubam cabos de energia. Por isso, a gente entende que é preciso segregar”, disse Luiz Fernando Garcia.
Fonte: A Tribuna