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Brasileiros pedem taxa menor para vender frango ao Marrocos

Representantes do setor empresarial brasileiro que estão no Marrocos acompanhando a missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil pediram no país a redução das tarifas para exportar carne de frango. O grupo se reuniu com entidade do setor de carnes na última quinta-feira (13/05) em Rabat, a capital do País.

Apesar do Brasil ser o maior exportador de carne de frango do mundo, os marroquinos não importam o produto nacional. A tarifa de importação para o Marrocos comprar frango inteiro e de cortes congelados dos brasileiros é de 100%. Para processados de frango a taxa é de 40%. A carne bovina congelada também precisa pagar tarifa de cerca de 200% para ingressar no mercado marroquino.

Os marroquinos ficaram de encaminhar o tema a outra associação do setor especializada em carne de frango. Eles explicaram que no seu país não prevalece o costume de comprar frango congelado no supermercado e sim o animal vivo nos mercados das cidades. Em carne bovina, também não há compras do Brasil, mas os dois países estão em fase final de aprovação de certificado sanitário para venda brasileira de boi em pé ao Marrocos.

A delegação passou também por Jordânia e Egito. Assim como no Marrocos, nos dois países o setor de carnes foi uma das temáticas das reuniões. O diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luis Rua, conta que houve muitas conversas com interlocutores na Jordânia e no Egito, onde ele acompanhou a missão. “São mercados históricos para os quais a gente exporta há muito tempo e a gente quer continuar exportando nossa proteína animal, nossa carne de frango, ajudando na segurança alimentar na região”, disse Rua.

Segundo o diretor, o Brasil vende cerca de 72 mil toneladas de carne de frango ao ano para a Jordânia e 35 mil toneladas ao Egito. Com os egípcios, houve conversas pela liberação das licenças de importação para cortes de frango brasileiros, já que, segundo Rua, o Brasil exporta basicamente frango inteiro ao país. “A gente tem empresas no Brasil que poderiam fornecer esse alimento para o Egito”, disse Rua.

O grupo empresarial teve outras reuniões na quinta-feira em Rabat, uma delas com o diretor da Federação Nacional Agroalimentar (Fenagri), Hamid Fellouni, e com os executivos da empresa de proteína animal Koutoubia Holding, Mohamed Amine Bouchouf e Ahmed Daoudi. No encontro, o diretor de operações da Cdial Halal, Ahmad Saifi, fez breve explanação do tamanho do Brasil na produção halal. O país é liderança neste setor e o maior exportador de frango halal do mundo.

Representantes da delegação também tiveram reunião na Agência Marroquina de Desenvolvimento de Exportações e Investimento (AMDIE), onde Saifi e a diretora de Relações Institucionais da Câmara Árabe, Fernanda Baltazar, conversaram sobre possibilidades de cooperação entre o Marrocos e o Brasil e os benefícios de um acordo de livre comércio entre o país árabe e o Mercosul, que está em tratativas.

Fonte: Agência Anba

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