Brado reforça infraestrutura operacional em São Paulo e Mato Grosso com novos pórticos
Empresa adquiriu três pórticos para operações de Sumaré (SP) e Rondonópolis (MT); novos equipamentos aumentam armazenamento e agilizam carga e descarga de contêineres.
A Brado Logística anunciou que está reforçando a infraestrutura operacional nos terminais ferroviários de Sumaré (SP) e Rondonópolis (MT) com a aquisição de três pórticos, sendo dois com tecnologia de operação de cargas pesadas de maneira remota. De acordo com a companhia, os equipamentos melhora o ciclo operacional dos trens por meio do aumento da produtividade nos processos de carga e descarga de contêineres.
Além disso, a capacidade de armazenamento de contêineres também é expandida devido ao melhor aproveitamento das áreas dos pátios. O diretor de Operações da empresa, Ederson Padilha da Costa, afirmou que essa iniciativa representa mais um passo rumo à implementação do “Projeto Carrossel”, que pretende consolidar um hub logístico multimodal de contêineres e criar um corredor central de distribuição de cargas, integrando os modais ferroviário e rodoviário para reduzir o tempo de transporte.
“Estamos ampliando capacidade, ganhando eficiência operacional e garantindo maior segurança no manuseio das cargas. Com a chegada dos novos pórticos, oferecemos aos nossos clientes uma cadeia logística ainda mais integrada e competitiva”, destacou o executivo.
TERMINAL DA BRADO EM SUMARÉ
Os pórticos Rubber Tired Gantry (RTG), que chegarão ao terminal do interior de São Paulo, operam sobre pneus e contam com tecnologia de operação remota, que pode ser executada diretamente da sala de controle da empresa.
Segundo a Brado, até o momento, a movimentação de contêineres no terminal de Sumaré era realizada por reach stackers, máquinas semelhantes a empilhadeiras, capazes de agrupar até cinco contêineres de altura e realizar cerca de 12 movimentos por hora. Com a introdução dos RTGs, o empilhamento passa para seis unidades e a produtividade praticamente dobra, com até 22 movimentos por hora.
Já o equipamento destinado à operação mato-grossense será do tipo Rail-Mounted Gantry (RMG), instalado sobre trilhos, com condução realizada a partir de uma cabine no próprio pórtico. O terminal de Rondonópolis já possuía dois RMGs em funcionamento.
Os modelos têm sensores anticolisão, que interrompem automaticamente o funcionamento em caso de obstáculos, e câmeras de monitoramento, fornecendo leitura de ambiente, peso dos contêineres e altura dos cabos de aço.
A adoção dos novos equipamentos também permite a verticalização e a redução da largura dos acessos entre quadras de contêineres, eliminando as exigências de manobra das reach stackers e, com isso, aumentando a capacidade de armazenagem do pátio.
Fabricados pela chinesa GENMA, os pórticos exigiram 12 meses de produção. Após chegar ao Porto de Santos, o maquinário foi transportado por meio de 40 carretas destinadas ao terminal de Sumaré e 32 para Rondonópolis.
O planejamento de implantação vem sendo estruturado para minimizar impactos operacionais nas duas localidades e a previsão é de que os sistemas estejam em pleno funcionamento no primeiro semestre de 2026.
“A aquisição desses pórticos também vai de encontro a um dos nossos principais objetivos, contribuir na descarbonização dos transportes no país. Isso porque diferente dos reach stackers, que são movidos a diesel, os RTGs são elétricos, então não emitem CO2”, destacou Costa.
ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTOS DA BRADO
Em comunicado, a Brado informou que a iniciativa faz parte do planejamento de investimentos da empresa nas duas localidades até 2030, que inclui melhorias estruturais e ganho de eficiência.
No terminal paulista, os recursos estão sendo direcionados para reformas de armazéns, modernização dos ativos, ampliação do pátio e construção de um novo escritório. Além disso, no início de novembro foi construído um Gate automatizado no local, com quatro balanças para pesagem de contêineres.
Para o Mato Grosso, o plano contempla a ampliação do pátio e a recente instalação de sete docas pneumáticas, que melhoram a ergonomia e reduzem avarias em contêineres. Ainda foram adquiridas 15 empilhadeiras elétricas, que eliminam emissões de CO2, reduzem ruído e diminuem custos de manutenção.
Entre 2021 e 2024, a Brado registrou crescimento médio anual de 30% no transporte multimodal de bens de consumo e bens industriais. No ano passado, a companhia movimentou mais de 5,9 mil contêineres, o que equivale a quase 130 mil toneladas de produtos transportados entre Sumaré (SP) e Rondonópolis (MT).
Fonte: Mundo Logística
