Desenvolvido em parceria com a EGSA do Brasil, o projeto-piloto prevê diminuição no consumo de diesel e na emissão de CO2.
A Supergasbras, empresa do grupo SHV Energy, começou a testar nas ruas do estado de São Paulo um projeto-piloto de caminhão com bomba de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) movida a energia solar. O protótipo, desenvolvido em parceria com a EGSA do Brasil, promete uma diminuição no consumo de diesel e na emissão de CO2.
Atualmente, em caminhões 100% a diesel, a bomba de GLP — responsável por transferir o produto do tanque do veículo para os clientes — é acionada pelo motor do caminhão, via tomada de força no câmbio. Esse processo demanda o funcionamento constante do motor do veículo, consumindo diesel e emitindo CO2 durante todo o processo.
Já no protótipo desenvolvido pela EGSA, o sistema funciona de forma diferente. Placas solares instaladas no topo do tanque convertem luz solar em energia elétrica, que, somada ao excedente gerado pelo alternador do caminhão, é armazenada em uma bateria posicionada atrás da cabine.
Dessa forma, se alimenta um motor elétrico que aciona a bomba de GLP, permitindo realizar o abastecimento completo com o caminhão desligado. De acordo com a empresa, a energia captada pelas placas é dedicada exclusivamente ao processo de abastecimento do GLP.
“Com este projeto, a Supergasbras reforça seu compromisso em buscar soluções mais limpas e inovadoras para suas operações, alinhadas à estratégia global da SHV Energy em reduzir impactos ambientais e acelerar a transição energética”, afirmou a gerente de Logística da Supergasbras, Fabiana Simões. A executiva ressaltou que após a fase de teste e análise de resultados, será avaliada a expansão da tecnologia para outros caminhões da frota.
EXPANSÃO DA SUPERGASBRAS
Além do projeto-piloto de caminhão movida a energia solar, a Supergasbras iniciou recentemente uma operação de abastecimento de GLP a granel em Jericoacoara (CE). O serviço passa a contar com um caminhão off-road, com tração total e estrutura adaptada para enfrentar terrenos de difícil acesso, como o trecho de 10 km de areia que separa a vila do restante do trajeto.
O projeto foi planejado ao longo de 11 meses e envolve uma rota de aproximadamente 450 km a partir de Fortaleza. O novo modelo logístico tem como objetivo garantir o fornecimento contínuo de GLP para hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos da região, com maior praticidade e segurança operacional.
Fonte: Mundo Logística
