A Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, venceu a Rússia para manter sua classificação como principal fornecedor de petróleo da China em 2020, mostraram dados do governo chinês na quarta-feira.
A demanda de petróleo na China, o maior importador de petróleo do mundo, permaneceu forte no ano passado, mesmo com a crise do coronavírus martelando o apetite global. As importações chinesas aumentaram 7,3%, para um recorde de 542,4 milhões de toneladas ou 10,85 milhões de barris por dia (bpd).
Os embarques sauditas para a China em 2020 aumentaram 1,9% em relação ao ano anterior, para 84,92 milhões de toneladas, ou cerca de 1,69 milhão de bpd, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas Chinesas.
A Rússia ficou em segundo lugar, com embarques de 83,57 milhões de toneladas, ou 1,67 milhão de bpd, um aumento de 7,6% em relação a 2019, mostraram os dados.
As importações chinesas de petróleo dos EUA mais do que triplicaram em 2020, para 19,76 milhões de toneladas, ou 394 mil bpd, em comparação com o ano anterior, quando as empresas compraram petróleo em um acordo comercial entre Washington e Pequim. As importações foram de 3,6 milhões de toneladas em dezembro.
As compras totais da China dos principais produtos de energia dos EUA, incluindo petróleo bruto, gás natural liquefeito, propano, butano e carvão, valeram US $ 9,784 bilhões em 2020, cerca de 38,7% da meta de US $ 25,3 bilhões estabelecida no acordo comercial da Fase 1.
A Arábia Saudita tentou se recuperar como fornecedora desde novembro, cortando preços para atrair clientes, ultrapassando a Rússia, que havia liderado a maior parte de 2020 com opções de transporte mais flexíveis e proximidade geográfica com refinarias chinesas.
As sanções dos EUA quase sufocaram as exportações de petróleo do Irã e da Venezuela, enquanto o Iraque foi o principal beneficiário. As exportações de petróleo do Iraque para a China aumentaram 16,1%, para 60,12 milhões de toneladas em 2020, tornando-se o terceiro maior fornecedor de petróleo da China.
Lucrando com os preços mais baixos e com marketing agressivo para os refinadores independentes da China, o Brasil expandiu as exportações de petróleo para a China e se tornou o quarto maior fornecedor no ano passado. As exportações de petróleo do Brasil para a China aumentaram 5,1%, para 42,19 milhões de toneladas.
Fonte: Reuters
