Cade aprova aquisição do controle da Tempest pela Embraer
A Embraer já tinha participação indireta na empresa desde 2016 por meio do Fundo de Investimento em Participações Aeroespacial (FIP Aeroespacial), ao lado de BNDES, Finep e Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP).
A operação é composta de dois atos, conforme explica parecer do Cade: no primeiro ato, a Embraer realizará um investimento na Tempest, por meio da subscrição e integralização de novas ações ordinárias, e adquirirá, diretamente dos acionistas pessoas físicas ações ordinárias de emissão da Tempest; e no segundo ato, a Embraer adquirirá ações da Tempest diretamente do FIP Aeroespacial.
Quando do anúncio do negócio, em julho, a Embraer disse que a Tempest, fundada em 2000 no Recife, é a maior empresa especializada em cibersegurança do Brasil, com 300 funcionários e escritórios também em São Paulo e Londres, com cerca de 300 clientes no Brasil, na América Latina e na Europa.
“Esta parceria é um marco para a Tempest, e estamos muito entusiasmados com os próximos passos. A robustez da Embraer vai nos ajudar a expandir essa missão para novos mercados”, afirmou na ocasião por meio de nota Cristiano Lincoln Mattos, CEO e sócio-fundador da Tempest, citando que o Brasil é o segundo do mundo com maior índice de cibercrimes, atrás apenas da Rússia, de modo que as empresas brasileiras perdem até US$ 10 bilhões por ano em crimes virtuais. A empresa seguirá de forma autônoma, mantendo marca e equipe.