Bacia de Santos gera ao menos 10 mil empregos
A Bacia de Santos mantém neste momento por volta de 10 mil empregos, dos quais 2,1 mil trabalham na Unidade de Operações da Petrobras com sede no Valongo, em Santos. O balanço é do gerente de Suporte Operacional da estatal na região, Márcio Naumann, em palestra na Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos (Aeas).
Os 10 mil empregos incluem os trabalhadores das plataformas e prestadores de serviços que atuam na bacia, principalmente no campo de Lula, o maior do Brasil, com nove unidades.
De acordo com Naumann, a Unidade de Operações da Baixada Santista (UO-BS) tem 2.129 funcionários, a maioria no edifício do Valongo. Em um ano a empresa aumentou o contingente em 320 trabalhadores. Com exceção de 2017, houve aumento acentuado de pessoal. Em 2016 eram 1.299 e apenas 38 na implantação da UO-BS em 2006.
Apesar do aumento, o atual contingente equivale a apenas um terço do que a empresa pretendia atingir quando começou a traçar seus planos para a Bacia de Santos.
Segundo entrevistas do início da década, a ideia inicial era contar com 6 mil trabalhadores e três torres no Valongo. Hoje há apenas uma e a petrolífera já afirmou que não há demanda para ampliar suas instalações em Santos.
Questionado, Naumann disse que aumentou o uso de novas tecnologias, como a automação, e a Petrobras redimensionou a estrutura para explorar o pré-sal.
RJ concentra controle de Búzios, voos e base offshore
Na reestruturação da Petrobras, o controle da produção do campo de Búzios, que fica na Bacia de Santos, foi transferido ao Rio de Janeiro.
O gerente de Suporte Operacional, Márcio Naumann, afirma que a medida foi uma forma de atender o aumento da produção de Santos, sendo necessário dividir tarefas com o Rio.
Segundo o boletim da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Lula, com nove plataformas, produziu 1,17 milhão de barris de óleo equivalente diários (boe, petróleo mais gás calculados em barris), metade de todo o pré-sal.
Búzios, com quatro plataformas e que fica ao norte de Lula, já é o segundo maior. Conforme o boletim, a produção chegou a 360 mil boe diários.
Naumann explicou que na reestruturação se optou por transportar os trabalhadores a partir de Jacarepaguá e abastecer as plataformas com navios saindo do Rio e Cabo Frio e de Itajaí (SC).
Segundo ele, a estatal avaliou que a estrutura existente no Rio ainda suporta a demanda, além da distância ser menor. Essa decisão atingiu até o aeroporto de Itanhaém, de onde os funcionários eram levados às plataformas.
Fonte: A Tribuna