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Postado em 17 de novembro de 2019 | 19:57

Empresários do BRICS apresentam 23 propostas para ampliar o comércio e facilitar investimentos

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul devem fortalecer a cooperação para promover a integração comercial e o desenvolvimento econômico e social. Esse foi o consenso da reunião do Conselho Empresarial do BRICS (CEBRICS), realizada na quarta-feira, 13 de novembro, em Brasília. No encontro, os líderes empresariais dos cinco países definiram as 23 propostas do setor privado que serão apresentadas aos chefes de Estado na Cúpula do BRICS, na quinta-feira, 14 de novembro, no Palácio do Itamaraty.

“As propostas serão bem recebidas pelos chefes de Estado, pois facilitarão a integração econômica entre os países do BRICS”, afirmou o presidente da seção brasileira do CEBRICS, Jackson Schneider, que também preside a Embraer Defesa & Segurança. Entre as ações sugeridas pelos empresários, ele destacou o reconhecimento mútuo de operadores econômicos autorizados e a implementação do certificado fitossanitário digital. Com o reconhecimento de operadores entre os países, o processo de exportação pode ser reduzido de quatro horas para menos de uma hora e o de importação de 36 horas para menos de quatro horas.

“As propostas representam um avanço para a integração econômica e fortalecem a parceria na nova revolução industrial”, afirmou o presidente da seção chinesa do CEBRICS, Xu Lirong. “A facilitação do comércio entre os nossos países ajudará a África a tirar milhões de pessoas da pobreza”, disse a presidente da seção sul-africana do CEBRICS, Busi Mazuba.

Na avaliação do diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi, o Conselho Empresarial avançou em propostas concretas e transversais que são de interesse de todos os países. “O BRICS representa quase um quarto da economia mundial, concentra quase 42% da população do mundo e representou, no ano passado, cerca de 30% das exportações brasileiras. O grupo é importante para a indústria, sobretudo do ponto de vista comercial”, avaliou Abijaodi. A CNI é responsável pela secretaria-executiva da seção brasileira do CEBRICS.

Em nota, a CNI divulgou as ações que o CEBRICS apresentará aos chefes de estados. São elas:

Facilitação de comércio

– Reconhecimento mútuo de operadores econômicos autorizados;

– Adoção de certificado fitossanitário eletrônico;

– Criação de pontos focais nacionais para apoiar os investidores dos BRICS.

Novo Banco de Desenvolvimento

– Financiamento a projetos de energia limpa;

– Financiamento a projetos de integração energética com países fronteiriços aos membros do BRICS;

– Criação de um painel de especialistas em finanças em parceria com o CEBRICS.

Ampliação do financiamento para as seguintes áreas

– Desenvolvimento de competências técnicas e profissionais;

– Infraestrutura.

Cooperação e adoção de melhores práticas entre os países nas seguintes áreas

– Biotecnologia e normas regulatórias;

– Desenvolvimento de competências técnicas e profissionais;

– Economia digital, incluindo conectividade de áreas remotas alfabetização e educação digital, e plataformas digitais;

– Energia;

– Gestão de resíduos;

– Indústria 4.0;

– Infraestrutura, incluindo parcerias público-privadas, tecnologias avançadas e logística;

– Inovação;

– Mobilidade;

– Serviços e produtos de aviação.

Desenvolvimento de competências técnicas e profissionais

– Criação da estrutura jurídica e financeira para uma competição anual do BRICS voltada ao desenvolvimento de competências.

Fonte: Assessoria de imprensa CNI


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