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Postado em 13 de fevereiro de 2023 | 18:11

Em 7 anos, TCP dobra movimentação de contêineres por ferrovia até o Porto de Paranaguá

Ao todo, foram movimentados quase 190 mil TEUs em 2022; papel, celulose e carne de frango estão entre as cargas mais movimentadas.

A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, registrou mais que o dobro de movimentações de contêineres pela ferrovia em comparação a 7 anos atrás. Em 2022, foram movimentados 189.014 TEUs, contra 92.307 TEUs em 2016.

Um dos principais saltos de volume ferroviário aconteceu entre os anos de 2021 e 2022, com 40% de crescimento. A carga que mais apresentou crescimento de exportação no período foi a de papel e celulose, que passou de 3.392 movimentações, em 2021; para 31.016, em 2022. A segunda commodity que mais cresceu foi a de carne de frango. Em 2022, foram 56.530 TEUs movimentados, 5.108 a mais que em 2021.

Segundo o gerente de marketing e logística, Mateus Campagnaro, o recorde é fruto de “uma estratégia consistente ao longo dos anos na intermodalidade, isso posicionou a empresa como líder na movimentação de contêineres pela ferrovia entre os terminais brasileiros. A conexão direta do ramal ferroviário com o terminal é um desenho único no Sul e representa agilidade, segurança e redução de custos aos nossos clientes. O Brasil é um país continental em que a maior parte das commodities produzidas estão longe dos portos e, por isso, a ferrovia é um diferencial ímpar para o país continuar crescendo nas exportações”, destaca.

Em parceria com a Brado Logística, a multimodalidade combinando ferrovia nas distâncias longas e rodovia nos trechos curtos traz competitividade e mais produtividade em relação ao modal estritamente rodoviário. Um em cada cinco contêineres exportados por Paranaguá utilizam a ferrovia. “Além da competitividade, a solução multimodal gera benefícios para o meio ambiente, com a redução intrínseca na pegada de carbono, e social, com reduções de acidentes e desenvolvimento do interior brasileiro”, afirma o gerente executivo comercial da Brado, Vinicius Cordeiro.

Uma das bases operacionais está localizada em Cambé, local em que diversas empresas do Norte Pioneiro, do interior de São Paulo e do Paraguai usam o modal para exportar carne congelada, amendoim, açúcar, café, entre outros produtos. Outro ponto-chave é em Cascavel, que atende as demandas de cooperativas especializadas no agronegócio que exportam pela ferrovia.

A ligação ferroviária mais recente é o projeto KBT, em Ortigueira. Construído sob medida para um dos maiores exportadores da TCP, o projeto é referência mundial na logística, e une a planta exportadora ao porto através de um pátio de contêineres próprio, gerido pela TCP, conectado à ferrovia.

Investimentos em ferrovia

Um dos investimentos no setor será a troca da balança de ferrovia, prevista para o final de janeiro de 2023. O gerente de tecnologia da informação da TCP, Walter Junior, explica que “a balança ferroviária dinâmica é uma solução ágil, mais moderna e segura, possibilitando pesar vagões ou composições ferroviárias em movimento, diferente da balança tradicional em que a operação necessita pesar vagão por vagão. Além disso, o equipamento possui dois módulos de captura ao invés de um, o que traz maior segurança e disponibilidade ao serviço de pesagem”. Segundo Walter, os trilhos suportam 30 toneladas por roda ou 60 toneladas por eixo.

Outro investimento será a eletrificação dos RTGs da ferrovia, em Paranaguá. Atualmente os aparelhos funcionam a diesel, mas serão adaptados para um sistema de condutores elétricos. O modelo trará mais sustentabilidade, eliminando a emissão de gases poluentes e proporcionando maior eficiência operacional.

Além disso, a TCP investe pesado na área de refrigeração, a qual é uma grande demanda do mercado do agronegócio. Atualmente, a empresa é líder mundial no serviço de exportação de carne de frango e, para manter a liderança, está ampliando a área reefer (refrigerada) do terminal em 43%. Ou seja, até o final de 2023 a TCP passará a contar com mais de 5 mil tomadas para energização e armazenamento de contêineres refrigerados.

Fonte: Portos e Navios

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