A estatal argentina de petróleo YPF anunciou que um megaporto será construído em Río Negro para exportar petróleo da costa atlântica.
O projeto prevê um oleoduto de Vaca Muerta a Sierra Grande e 20 tanques de reserva juntamente com um mega terminal marítimo para vender petróleo ao exterior e substituir importações.
A YPF está planejando um oleoduto entre Vaca Muerta e o porto Punta Colorada de Sierra Grande, na província de Río Negro, onde implantará um mega terminal marítimo que se tornará o maior porto exportador de petróleo do país, com um investimento total de US $ 1,260 bilhão, anunciou o CEO da YPF, Pablo González, após reunião com legisladores provinciais, que ajustaram a legislação local com este projeto em vista na semana passada.
O projeto conectará a exploração petrolífera existente na formação Neuquén de Vaca Muerta com o porto de Punta Colorada, em Río Negro, por meio de um oleoduto, para o escoamento da produção por meio de monobóias offshore localizadas a 6,7 quilômetros da costa, segundo os desenvolvedores .
O oleoduto deverá transportar 60.000 metros cúbicos (372.000 barris de petróleo bruto) por dia através de uma linha de 700 quilômetros. A nova linha deverá superar a capacidade atualmente disponível através do sistema Oleoductos del Valle (Oldelval), que liga Vaca Muerta a Puerto Rosales em Bahía Blanca (36.000 metros cúbicos/dia).
O plano também deverá criar cerca de 1.000 empregos diretos e outros 3.000 indiretos. A previsão é que esteja operacional até 2025.
O projeto também contempla a construção de 20 tanques de reserva em uma área de 250 hectares costeiros, com capacidade de armazenamento de 1 milhão de metros cúbicos, equivalente a 6,2 milhões de barris.
“A estação marítima será o maior porto exportador de petróleo bruto da Argentina” e destacou que o projeto “não interfere em nada no projeto de hidrogênio verde”, explicou González.
A lei de Rio Negro proibiu a prospecção, exploração e extração de petróleo e gás no Golfo de San Matías desde 1995. Também restringiu a instalação de oleodutos, gás e outros oleodutos para o transporte de hidrocarbonetos e seus derivados e a construção de terminais para o embarque e desembarque de navios que transportam esses produtos.
González insistiu que “a atual capacidade de transporte, tanto para o porto de Rosales em Bahía Blanca quanto para o mercado interno, está no limite de suas possibilidades”.
Acrescentou que “é fundamental buscar novas alternativas de exportação, complementares ao start-up, previsto para o próximo ano, do gasoduto transandino após duas décadas de paralisação”.
Assim, “determinou-se que Punta Colorada oferece as melhores condições para o efeito devido à profundidade das águas costeiras que permitem a operação de embarcações de grande calado, bem como à disponibilidade de terrenos para a instalação de instalações complementares”.
