Yinson foi a única a apresentar propostas na licitação do FPSO do Parque das Baleias
A Petrobrás recebeu apenas uma proposta na licitação para o FPSO de Parque das Baleias, na Bacia de Campos. A armadora Yinson, da Malásia, foi a única a apresentar lances na licitação pelo navio-plataforma. Se confirmada a contratação do grupo malaio pela estatal brasileira, será mais uma grande obra com destino à Ásia, aumentando a frustração da indústria naval nacional.
A construção da embarcação, a propósito, terá 0% de conteúdo local. Mudou a presidência, mas o comportamento da Petrobrás é o mesmo. É um legado triste deixado por ex-gestores da companhia, que o atual presidente, Joaquim Silva e Luna, respeitou. Um verdadeiro balde de água fria nas esperanças da indústria local, já que se acreditava que a Petrobrás poderia voltar a ser indutora do mercado brasileiro.
Além da Yinson, outros grandes grupos estavam habilitados para fazer lances. Entre eles, a BW Offshore, a SBM Offshore e a Teekay Offshore, para citar alguns. O navio-plataforma de Parque das Baleias terá capacidade de processar 100 mil barris de óleo por dia.
O projeto sofreu postergação em 2020, com mudança no cronograma de entrada em operação. O primeiro óleo da plataforma agora está previsto para 2024. Mas continua de pé a parte do escopo do projeto que prevê, em 2022, o remanejamento de poços entre plataformas em operação.
O projeto integrado da área visa otimizar o fator de recuperação de óleo e gás, ao melhorar a atual malha de drenagem do empreendimento. O Parque das Baleias é composto pelos campos de Jubarte, Baleia Anã, Cachalote, Caxaréu e Pirambú, na Bacia de Campos, no litoral do Espírito Santo. Foi lá que aconteceu a entrada em produção do primeiro poço no pré-sal do Brasil, em 2008.
Fonte: Petro Notícias