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Vendas de resinas plásticas faz empresas brasileiras produzirem mais no primeiro semestre e importações crescem 40.8%

As vendas internas das principais resinas termoplásticas, exceto PVC, cresceram 10,9% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados apurados pela Diretoria de Economia, Estatística e Competitividade da Abiquim. No mesmo período, a demanda, medida pelo consumo aparente nacional, cresceu expressivos 24,8%, alcançando 3,15 milhões de toneladas.

A expansão da demanda alavancou a produção local, que teve alta de 6,1% nos primeiros seis meses do ano, em relação aos dados de igual período de 2020. Ainda, para atendimento dessa demanda, o País elevou de forma expressiva o volume de importações, que chegou a 1,08 milhão de toneladas, crescimento de 40,8% sobre igual período do ano passado, representando 34% do mercado nacional de resinas, quatro pontos percentuais acima do que havia sido registrado nos primeiros seis meses de 2020.

No mesmo período de comparação, o volume exportado recuou 22,8%, em razão da prioridade que foi dada pelas empresas ao atendimento da maior demanda local. Como resultado, a balança comercial registrou um déficit de 530,7 mil toneladas nos primeiros seis meses de 2021, volume quase dez vezes maior do que aquele registrado nos seis primeiros meses do ano passado, ocasião em que o saldo foi negativo em 55,1 mil toneladas.

O segmento de resinas termoplásticas, que tem um peso elevado sobre o total dos produtos químicos de uso industrial, segue com desempenho positivo, especialmente a partir de meados do ano passado. As resinas termoplásticas possuem ampla utilização em diversas cadeias industriais, destacando-se embalagens, setor automobilístico, construção civil, descartáveis (destaca-se, neste momento, o uso hospitalar), entre outros.

Para a  Diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, “o ideal seria que o segmento estivesse operando entre 85-90%, o que significaria os melhores níveis operacionais e de eficiência. Se as condições de competitividade fossem melhores, em especial no tocante aos preços do gás natural, da energia e dos custos logísticos, em relação aos competidores internacionais, a produção local poderia estar maior, aproveitando a capacidade ociosidade de 23%.”

Já na análise do coordenador da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (COPLAST),  Edison Terra, “o período recente tem sido muito desafiador não só no Brasil, mas no mercado internacional, e as empresas do segmento têm tentado atuar de forma a manter o ritmo de produção, garantindo o atendimento da demanda local que, após alcançar recorde entre agosto e outubro do ano passado, recuou um pouco nos últimos três meses, entre abril e junho, mas ainda se mantém em um patamar elevado.”

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