Validade do estudo de impacto ambiental do Centro Logístico é questionada
Na segunda audiência pública sobre o Centro Logístico Campo Grande, na Casa de Portugal, em Santo André, a validade do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto de Meio Ambiente) apresentado pelos empreendedores foi questionada. Da mesma forma que na audiência realizada em Rio Grande da Serra, no último dia 10/12, tirando poucas exceções, a maioria das entidades e cidadãos que usaram a palavra, o fizeram para dizer não ao empreendimento. As entidades que participaram da audiência consideraram que as alterações no projeto inicial prejudicam o estudos, que foram feitos antes.
O empreendedor Jael Hawet, deu início à apresentação, mostrando os caminhos das cargas pelo estado, falando das linhas férreas que passam por Paranapiacaba, sentido litoral e as que passam pela região sentido interior ou para Minas Gerais. Destacou que o impacto com o movimento de caminhões será mínimo, pois o sistema é baseado em trens. “É um empreendimento focado no modal ferroviário, mas com características intermodais”, apontou. Hawet disse ainda que o seu projeto resolveria um gargalo que existe no escoamento de mercadorias. “Chegam 61 mil toneladas por ano vindos da Vila Carioca e de Suzano, mas quando chega em Paranapiacaba só descem 28 mil toneladas, por isso o Centro Logístico vai ser como um pulmão, estocando e alimentando a ferrovia”. Originalmente o Centro Logístico tinha três glebas, que seriam implementadas em três fases, mas com a alteração da Luops (Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento da Macrozona Urbana) feita pela Câmara no mês passado, a Gleba C ficou de fora do projeto. Ela corresponde a quase metade do empreendimento. As entidades que estiveram na audiência disseram que estudaram os documentos, mas o empreendimento mudou os planos, desconsiderando uma Gleba, consideram que o estudo ficou prejudicado.
Fonte: Repórter Diário