Unipar faz uma Joint Venture com a AES para construir um complexo de geração Eólico na Bahia
A Unipar, líder na produção de cloro, soda e PVC na América do Sul, e a AES Tietê, uma das principais geradoras de energia renovável, constituíram uma joint venture para geração de energia eólica, reforçando a estratégia da indústria química na busca de soluções energéticas sustentáveis para o seu negócio. Anunciada em novembro de 2019, a negociação, recém-concretizada, envolve a construção de um complexo de geração de energia eólica, com capacidade instalada de 155 MW médios, equivalentes a 78 MW médios de energia assegurada a P50, nos municípios de Tucano, Biritinga e Araci, todos no Bahia. A parceria, além de oportunidade de investimento em fontes de energia limpa, representa o primeiro movimento efetivo da empresa para integração de suas operações com o elo anterior da sua cadeia produtiva, conferindo maior competitividade e sustentabilidade ao seu negócio.
Atualmente, energia elétrica é um dos insumos de maior peso dentro do processo produtivo de soda e cloro, utilizados em inúmeros segmentos da atividade econômica no país. O CEO da Unipar, Maurício Russomanno, disse que “Consideramos este investimento estratégico, na medida em que ampliará nossa condição futura de competitividade, em um mercado marcado por competição local e global que demanda a busca contínua por eficiência. Queremos fortalecer nossas práticas produtivas aliadas à visão de sustentabilidade ponta a ponta.” O início da obra está previsto para o primeiro semestre de 2021 e sua conclusão, no final de 2022. A Unipar firmou contrato de consumo de 60 MW médios com a JV, por um período de 20 anos, com o início da sua vigência previsto para 2023. A parcela de energia remanescente produzida será comercializada no mercado livre.
A AES Tietê foi selecionada como parceira estratégica por seu histórico de atuação com fontes de energia limpa, além da capacidade técnica reconhecida internacionalmente. Para Ítalo Freitas, CEO da empresa, a parceria corrobora com a estratégia da companhia em continuar seu crescimento no País, com portfólio 100% renovável, oferecendo cada vez mais soluções que agreguem valor aos clientes. A formalização ocorre pouco mais de seis meses após a assinatura de um protocolo de intenções, que previa o cumprimento de algumas exigências para todos os players envolvidos na operação.
A construção de todo complexo será coordenada pela AES Tietê. O projeto conta com a nova plataforma Siemens Gamesa 5.X, com aerogeradores de 115 metros de altura, com potência de até 6,2 MW, e rotor de 170 metros de diâmetro, a maior máquina on shore do Brasil, e adequadas às condições de vento local. Os fornecedores de toda a estrutura dos aerogeradores, por exemplo, já foram contratados. “Fomos pioneiros como grande consumidor do mercado livre de energia. Agora, seguimos firmes para fazer história, mais uma vez, tendo neste projeto de grande envergadura a nossa conexão com o futuro inexorável de nossa indústria, alicerçado pelo compromisso de geração de valor ao negócio e da atuação sustentável”, afirma Russomanno.
Fonte: Petro Notícias