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Uberaba se beneficia com a guerra comercial entre os EUA e a China

Guerra comercial travada entre Estados Unidos (EUA) e China tem turbinado as exportações brasileiras, e Uberaba pode ser beneficiada com este resultado. A projeção é que as vendas dos produtos nacionais ao exterior encerrem 2018 com o melhor resultado em cinco anos, e entre os produtos com aumento na exportação está a soja, e o município é destaque na plantação do grão.

Conforme informações publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo, a briga alterou o fluxo de comércio. As vendas brasileiras de soja para a China foram beneficiadas quando o país asiático impôs tarifas de 25% sobre o grão americano. Os EUA exportavam 40 milhões de toneladas e o Brasil, cerca de 50 milhões. Até agosto as exportações de soja brasileira subiram 20% ante 2017.

“Estamos no caminho da prosperidade, que é o agro, a verdadeira vocação do Brasil. Tivemos fatores importantes nos últimos tempos, primeiro a criação da AproSoja Minas, uma entidade que vai ajudar bastante o segmento. A implantação do terminal da VLi em Uberaba facilita a logística. Essa briga comercial entre Estados Unidos e China é uma alavanca para aumentar a exportação da soja brasileira. E ainda com a antecipação do período chuvoso no Estado, a expectativa do plantio de soja é muito boa”, explica o presidente do Sindicato Rural de Uberaba, Romeu Borges.

Com relação aos números de exportação no Porto Seco de Uberaba, conforme planilha repassada pela Superintendência da 6ª Delegacia da Receita Federal de Minas Gerais, os resultados são animadores. De acordo com análise feita pelo chefe da Seção de Administração Aduaneira do Porto Seco de Uberaba, André Luís Silva Lopes, pode-se observar que em razão de ser exportada basicamente proteína de soja pelo Porto Seco de Uberaba, ou seja, mercadoria de baixo valor agregado, o valor não é tão representativo, mas houve aumento de um ano para o outro. No mês de outubro/2017 foi exportado pelo Porto Seco de Uberaba um total de US$3.795.000 e, em outubro deste ano, US$6.535.000, um aumento de mais de 70%, sendo basicamente proteína de soja o produto exportado para países da Europa e asiáticos.

Quanto à guerra comercial entre Estados Unidos e China, André diz que certamente, no curto prazo, a situação beneficiará o agronegócio brasileiro, sobretudo as exportações de soja. Além disso, espera-se uma forte redução das exportações de soja da Argentina, devido aos muitos problemas climáticos enfrentados pelo país vizinho.

Fonte: Jornal da Manhã

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