Oil & Gas

Trafigura vende primeira carga de carbono para a Braskem brasileira

A Trafigura disse nesta segunda-feira que havia vendido a primeira carga de nafta, um produto petrolífero refinado usado em plásticos, para o qual as emissões de carbono – da produção à entrega – foram compensadas.

O movimento reflete uma tendência crescente entre as empresas de petróleo e gás de comercializar seus produtos como mais limpos e garantir um futuro para a indústria de combustíveis fósseis em meio a uma transição energética acelerada.

A Trafigura disse em nota que havia vendido a carga, que foi enviada na semana passada de Corpus Christi, texas e deve chegar ao Porto Brasileiro de Aratuo, para a Brasileira Braskem.

O comerciante global de commodities disse que havia usado o navio mais eficiente em energia disponível na época e que a velocidade da viagem foi ajustada para reduzir ainda mais as emissões.

A empresa com sede em Genebra acrescentou que a carga foi compensada com projetos baseados na natureza na Indonésia conhecidos como REDD+, que são verificados independentemente pelo Padrão de Carbono Verificado.

Projetos redd emergiram das negociações climáticas da ONU e visam reduzir as emissões do desmatamento e da degradação florestal. O REDD+ vai além para incluir o manejo florestal sustentável, a conservação e o aumento dos estoques de carbono florestal.

A empresa de comércio rival Vitol começou a oferecer cargas de gás natural liquefeito verde (GNL) no mês passado, pelas quais as compensações reduziriam as emissões de poços para entrega.

Em janeiro, a Occidental Petroleum disse ter vendido o primeiro carregamento 100% neutro em carbono de petróleo bruto para a Índia.

Algumas empresas começaram a buscar um preço premium para o que chamam de produtos petrolíferos mais limpos.

Trafigura não detalhou os custos da carga versus um carregamento regular de nafta, mas disse que era um serviço prestado à Braskem.

Embora os créditos de carbono não reduzam a poluição de um barril de petróleo, seus defensores dizem que ajudam a financiar esforços de energia limpa que de outra forma não seriam lucrativos.

 

 

Fonte: O Petróleo

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