Traders de café reportam barreiras no transporte marítimo
As exportações brasileiras de café em julho tiveram queda de 12,8% na comparação com os embarques realizados no mesmo período de 2020. O volume embarcado no mês foi de 2,826 milhões de sacas de 60 kg. Já a receita obtida também em julho foi de US$ 402,7 milhões ao país, alta de 5,6% frente ao mesmo mês do ano passado. As informações foram dadas pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Em seu relatório, o Cecafé apontou que os entraves logísticos já vinham ocorrendo nos meses anteriores. Entre os problemas estão o encarecimento de fretes, cancelamento de bookings e disputa por contêineres e espaço nos navios.
Para a entidade, as barreiras foram causadas pelo aquecimento da demanda por produtos alimentícios e eletrônicos, principalmente pelos Estados Unidos e Ásia.
Acumulado do ano
No acumulado de 2021, a receita cambial com os embarques brasileiros do produto chegou a US$ 3,203 bilhões, volume 7% superior ao rendimento registrado nos sete primeiros meses do ano antecedente. A espécie arábica foi a mais exportada, com o envio de 19,227 milhões de sacas ao exterior, respondendo por 81% do total. Já a espécie canéfora, que inclui o robusta e o conilon, somou 2,337 milhões de sacas embarcadas ao exterior. Por fim, o café solúvel teve 2,152 milhões de sacas exportadas no período.