Tora anuncia investimentos de R$ 30 milhões para ampliar operação multimodal
Companhia aplicará recursos na ampliação de estruturas, implantação de filiais e aquisição de equipamentos. A Tora, buscando o processo de diversificação de negócios, divulga que tem buscado acordos para expandir a atuação na logística integrada de contêineres e na multimodalidade. Para isso, a empresa anuncia investimentos de cerca de R$ 30 milhões para a ampliação de estruturas, implantação de filiais e aquisição de equipamentos.
Uma das estratégias reveladas pela Tora para a expansão foi a inauguração, no fim do ano passado, de uma filial no porto do Pecém, na região metropolitana de Fortaleza. Para este ano, a meta é triplicar a quantidade de contêineres transportados no local. “Já atuávamos na Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco e agora entramos em mais um estado do Nordeste, com ótimas perspectivas de crescimento”, resume o diretor Comercial da Tora, Márcio Medina.
O trabalho da empresa consiste em complementar, pelo modal rodoviário, os serviços realizados pelas empresas de cabotagem e ferrovia. Nesse cenário, cabe à Tora coletar contêineres vazios, transportar até o cliente, fazer o carregamento e retornar para o porto. “Estamos cada vez mais trabalhando para atender as demandas de novos modais de transporte, o que nos consolida como um operador multimodal (OTM)”, diz Medina.
Para operacionalizar as estratégias, a companhia tem firmado acordos com empresas de cabotagem, navegação e ferrovias. Um deles foi realizado com a Log-In Logística Intermodal, com a qual a Tora já opera a cabotagem de contêineres entre os portos de Santos (SP) e Salvador desde o início do ano passado e agora no Porto do Pecém.
“Nossa estratégia é oferecer aos clientes uma solução porta a porta. Além da navegação de cabotagem, também dependemos do modal rodoviário para fazer a coleta no remetente e a entrega da carga ao destinatário. A Tora presta um serviço que preza pela segurança, pela excelência no atendimento, respeito ao cliente e está sempre antenada às novas tecnologias, valores compartilhados também por nossa empresa. Sem dúvida, é uma parceria que tem potencial para ser ampliada nacionalmente”, afirma o diretor de Atendimento da Log-in, Felipe Gurgel.
Segundo ele, a Log-In atende os principais portos ao longo da costa brasileira e possui clientes que demandam a operação por cabotagem. “Esse é um modal promissor, uma vez que o país possui mais de 8 mil quilômetros de costa navegável. É também mais sustentável, pois possibilita uma redução significativa nas emissões de gás carbônico no transporte por caminhões a longas distâncias, e mais seguro, em função dos trechos rodoviários serem mais curtos. Por isso, precisamos promover a utilização de modais mais adequados a cada logística demandada pelo cliente. Em distâncias mais longas, que ficam próximas ao litoral, por exemplo, o transporte marítimo de cargas entre portos nacionais pode ser mais eficiente”, explica Gurgel.
Multimodalidade
Outro serviço multimodal da Tora, implantado em 2020, é um projeto junto à MRS Logística para interligar Rio de Janeiro e São Paulo sem a necessidade de trafegar na Rodovia Dutra. Entre os serviços oferecidos estão a coleta, ova, desova, cross-docking e distribuição urbana de qualquer tipo de carga.
Atualmente, a Tora opera os terminais rodoferroviários no Rio de Janeiro (Arará) e em São Paulo (Itaquaquecetuba e Suzano). Entre julho e dezembro do ano passado, a empresa investiu cerca de R$ 12 milhões em Itaquaquecetuba. Já o investimento no parque de máquinas chega a R$ 8 milhões.
Medina, diretor Comercial da Tora, conta que a empresa faz as pontas rodoviárias, opera os terminais no Rio de Janeiro e em São Paulo e fornece os contêineres. Já a MRS faz o transporte ferroviário.
“Oferecemos aos clientes o serviço completo porta a porta. As vantagens são inúmeras, uma vez que o cliente faz contato apenas com um fornecedor, possui maior facilidade de gerenciamento do contas a pagar, possui cobertura de seguro sobre a carga e o contêiner, tem menor custo na cadeia logística, maior capacidade de transporte, além de confiabilidade e previsibilidade na recolha e nas entregas e o menor impacto ambiental!”, garante Medina.
Fonte: Tecnologistica