Terminal de Cargas registra alta de 68% em movimentação
O Teca (Terminal de Logística de Carga) do Aeroporto Governador José Richa registrou alta na movimentação de volumes no ano passado. De acordo com Consórcio Ponta Negra em Soluções Logísticas e Transportes Ltda, que administra o terminal, Londrina utiliza menos de 10% da sua capacidade e tem como meta ampliar o número de empresas operando no Teca.
De janeiro a novembro passaram pelo terminal 2.277 toneladas, de acordo com dados da Infraero. No mesmo período de 2017 foram 1.354,6 toneladas. Nos 12 meses de 2017 foram 1.493,7 t. O volume avançou 68% no comparativo entre janeiro a novembro de 2018, ante o ano anterior.
Os principais itens recebidos pelo complexo logístico no ano passado foram peles bovinas, máquinas para indústria, empilhadeiras e artigos para festa provenientes, principalmente, de países como Estados Unidos, China e Itália.
O superintendente do Aeroporto de Londrina, Ademir Gauto, afirmou que o crescimento na movimentação de cargas se deve “ao melhoramento das perspectivas e indicadores econômicos que afetam diretamente o comércio exterior, e ao estabelecimento de novos mercados para exportação do maior cliente do Terminal de Logística de Cargas do aeroporto”.
Desde novembro do ano passado, o complexo logístico está sendo administrado pela iniciativa privada. Na quarta-feira, dia 23 de janeiro, a Ponta Negra realiza, em parceira com o Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina) um encontro com empresários da região para apresentar e mostrar as potencialidades do terminal. A reunião será às 10h, no aeroporto.
“Começamos modestos, mas queremos alavancar as vendas. O evento servirá para mostrar o terminal, pois muitos empresários o desconhecem. Vamos falar de movimentação, mercado, discutir questões tarifárias”, explicou Lysson Alcântara Barroso, diretor-executivo da Ponta Negra.
Havia expectativa de que com o fechamento do Porto Seco de Maringá, no ano passado, a demanda fosse direcionada para Londrina, o que não ocorreu. “Em conversas com despachantes eles disseram que não viam Londrina como opção para cotação”, afirmou o diretor.
Atualmente o terminal conta com cinco clientes frequentes, que representam menos de 10% da capacidade de operação. “É algo muito incipiente. O faturamento anual é em torno de R$ 200 mil a R$ 300 mil. A nossa ideia é triplicar esse faturamento”, disse Barroso.
A empresa já solicitou o certificado do AFE (Autorização de Funcionamento de Empresas) da Anvisa para poder operar cargas de medicamentos.
REAJUSTE DAS TARIFAS
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) reajustou os tetos das tarifas aeroportuárias dos aeroportos administrados pela Infraero, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União. As novas tarifas entram em vigor em 30 dias.
Os tetos das tarifas de embarque, conexão, pouso e permanência foram aumentados em 5,3941% e o os tetos de armazenagem e capatazia, em 3,7456%.
Com isso, a taxa máxima de embarque doméstico, por exemplo, passará de R$ 31,27 para R$ 32,95. Para embarque internacional, a tarifa máxima custará R$ 58,35, acima dos atuais R$ 55,36.
O aumento foi aplicado sobre valores de janeiro de 2018 e levou em consideração a inflação de 3,7456%, acumulada entre dezembro de 2017 e dezembro de 2018, conforme o INPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Fonte: Folha de Londrina