Tarifa de frete rodoviário tem alta de 120% com a exportação de milho, revela TMOV
De acordo com o executivo da logtech,, a expectativa é que, apesar de depender de clima e outros fatores, o milho continue favorecendo o setor em 2023; transporte de açúcar também é destaque.
Até novembro de 2022, a exportação brasileira de milho apresentou uma alta de 119%, graças a uma safra nacional 44% superior ao mesmo período de 2021. Além do agronegócio, quem também é impactado com essas altas são as empresas e profissionais da área de transporte rodoviário, que escoam o milho para fora do país. De acordo com dados da Tmov, as tarifas por percurso atingiram máximas 120% acima da média histórica do setor.
Considerando que os principais estados brasileiros produtores de milho são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás, os fretes têm como destino os portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e da região conhecida como Arco Norte, que contemplam Barcarena e Santarém, no Pará, e Itaqui (MA).
De acordo com o Gerente de Inteligência de Mercado da Tmov, Tiago Capello, a expectativa para 2023 é que, apesar de depender de clima e outros fatores, o milho continue favorecendo o setor de transporte.
“Apesar da quebra ocorrida na safra atual, a próxima safra tem boas estimativas. O plantio da primeira safra vem sendo realizado em grande parte dentro da janela ideal e se desenvolvendo bem. Aliado a isso, temos um cenário de neutralidade climática após o início de 2023, o que deve impactar positivamente a produção do milho safrinha.” – Tiago Capello.
Outro produto agrícola que se destacou esse ano foi o açúcar. Embora no primeiro semestre o índice de exportação dele tenha apresentado uma queda de 24%, no comparativo com o mesmo período em 2021, no segundo semestre ele teve uma alta de 28%, com destaque para o mês de outubro (62% superior a outubro de 2021).
“Considerando que o porto de Santos é o principal ponto de embarque de açúcar, vimos um cenário de frete, com um ticket médio até 44% acima da média histórica, no segundo semestre de 2022”, ressaltou o especialista.
Fonte: Mundo Logística