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Superávit da balança mineira recua 17,8% em 2018

O comércio exterior de Minas Gerais terminou 2018 sem mudanças, com as commodities, especialmente as minerais e agrícolas, dominando a pauta de exportações. Por outro lado, os produtos manufaturados continuam ditando o ritmo das importações. O resultado frente a 2017 foi de queda nas vendas externas (-5,4%) e alta nas compras feitas no exterior (23,6%). O saldo da balança de 2018 se manteve positivo, mas 17,8% menor que em 2017.

Em 2018, Minas exportou US$ 23,966 bilhões em mercadorias, com participação de praticamente 10% do total nacional, o terceiro maior exportador do País. Na comparação com as remessas ao exterior em 2017 (US$ 25,350 bilhões), houve uma redução de 5,4%. Os dados são do Ministério da Economia.

Ao mesmo tempo em que as exportações deste ano caíram em relação às de 2017, as importações aumentaram. Nesta comparação, as compras externas somaram US$ 9,072 bilhões sobre US$ 7,340 bilhões, um crescimento de 23,6% em 2018, com base nos dados do ministério.

Com a queda das exportações e a evolução das importações, o saldo da balança comercial mineira encerrou 2018 superavitário em US$ 14,893 bilhões, mas com redução de 17,8% em relação ao resultado, também positivo de US$ 18 bilhões, de 2017.

Produtos – No caso das exportações, as vendas ao exterior continuaram concentradas em commodities minerais ou agrícolas. Os oito produtos mais exportados (minério de ferro, café, ferroligas, soja, celulose, açúcar de cana-de-açúcar, ouro e carne de bovinos), juntos, dominaram praticamente 70% da pauta exportadora do Estado em 2018. Porém, o principal motivo para a queda no rendimento foi o desempenho mais fraco, em 2018, das vendas externas do minério de ferro e do café.

Os dois produtos são os mais importantes para a pauta de embarques estadual, com participação de 43%, juntos, ao final do ano passado. As remessas de minério de ferro ao exterior em 2018 somaram US$ 7,290 bilhões, 16% de retração na comparação com 2017. Em igual confronto, as vendas externas de café renderam US$ 3,210 bilhões, com uma queda de 6,6%. O aumento das importações, por sua vez, foi estimulado pela entrada de automóveis das unidades da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) instaladas na América Latina.

O produto mais comprado pelo Estado no mercado externo foram os veículos, praticamente a totalidade pela FCA. Só os desembarques de automóveis de passageiros somaram US$ 646,3 milhões em 2018, um salto de 522,3% em relação a 2017. Somados aos veículos de carga, a importação de automóveis representou 11% de tudo que Minas comprou no exterior no ano passado. A hulha betuminosa, que é o carvão mineral, usado nos altos-fornos de usinas instaladas no território mineiro, foi o segundo produto mais comprado pelo Estado no exterior. Em 2018, a importação do item cresceu 7,8% e sua participação foi de 8% nos desembarques totais do exercício. A China foi o principal parceiro comercial para Minas em 2018. No ano passado, o país asiático foi destino de 29% de tudo que o Estado exportou, a maior parte em minério de ferro e soja, e também foi a origem de 18% de tudo que Minas comprou.

Fonte: Diário do Comércio

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