Setor logístico de Jundiaí registra aumento de 4% em 2018
O setor de logística em Jundiaí registrou aumento de 4% em 2018, comparado a 2017, conforme informação do presidente do Sintra Cargas de Jundiaí e Região, Reinaldo Dias Rabelo. “Neste período, novos postos de trabalho foram gerados e novas empresas do segmento se instalaram em toda Região”, detalha.
A partir deste cenário, Rabelo afirma que as empresas deste segmento também conseguiram investir em estrutura. “Um exemplo prático foram as renovações parciais de frotas, a partir da aquisição de novos veículos, possibilitando uma prestação de serviço mais adequada, através de equipamentos modernos, com até quatro anos de uso”, diz.
Para o presidente do Sintra Cargas, em 2017 existia um clima de insegurança por parte do empresariado, em relação ao governo e às incertezas eleitorais. “Por isso, 2017 foi um período estagnado. Já em 2018, com a ampliação do nível de emprego e aquecimento econômico houve um giro no mercado logístico, a partir das entregas”, resume.
Rabelo descreve que, desde novembro e início de dezembro, o movimento intensificou, por meio de contratações temporárias, atendendo a demanda de fim de ano. “De novembro ao início de dezembro de 2018 foi possível contabilizar um crescimento no movimento, na ordem de 1,5%, comparado ao mesmo período de 2017”, confirma.
Quanto à projeção para 2019, Rabelo demonstra otimismo. “Afinal, já houve uma definição do novo governo e esperamos que a economia aqueça ainda mais, gerando novos empregos e implantações de empresas”, comenta.
EM EVOLUÇÃO
O gerente da matriz da empresa de logística Prime Express, instalada no bairro dos Fernandes, em Jundiaí, Luiz Fernando Marques revela que o ano de 2018 foi positivo, comparado a 2017. “Em 2018, tivemos um crescimento em torno de 400%, comparado ao ano passado. A empresa evoluiu e conseguiu investir em sua estrutura, adquiriu cerca de 60 novos veículos e o segmento de e-commerce também possibilitou o aumento em nossos serviços”, afirma.
Marques detalha que a empresa atua na distribuição das linhas branca e marrom e também de outros tipos de aparelhos eletrônicos. “Somente para o mês de dezembro de 2018, a estimativa é realizar mais de 400 mil entregas pelas regiões Sul e Sudeste do Brasil”, descreve. Para o ano que vem, Marques tem projeção otimista. “Espero que o novo governo consiga melhorar a questão econômica do país, o que possibilitará novos investimentos para o segmento logístico”, encerra.
PREFEITURA
“O ano de 2018 para o segmento logístico foi melhor que 2017”. Assim define o diretor de Fomento à Indústria da Unidade de Gestão e Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí, Gilson Pichioli. De acordo com o diretor, os empresários permaneceram otimistas ao longo do ano, principalmente em virtude da economia. “Além disso, o resultado das eleições também contribuiu para o cenário e o otimismo também vale para 2019”, destaca.
Pichioli ressalta que o setor industrial como um todo necessita do segmento logístico. “E Jundiaí possui uma das maiores e melhores infraestruturas do país, pois as melhores rodovias passam por aqui, além de estarmos próximos de São Paulo e Campinas, diversas empresas e galpões estão instalados no município, com proximidade de grandes aeroportos e do nosso regional”, diz.
Ainda como atrativos, Picholi lembra que a cidade está próxima ao Porto de Santos e centros de distribuição. “No ano de 2017, foi reativado o transporte ferroviário de cargas e contêineres de Jundiaí para Santos, cujo terminal se chama SIJU (Terminal Intermodal de Jundiaí), operado pela Contrail e transportado pela MRS Logística, para cargas de importação, exportação e mercado interno via cabotagem (transporte de cargas em contêineres e navios na costa marítima), ligando Manaus a Rio Grande”, comenta.
O diretor explica que, na atualidade, Jundiaí é um verdadeiro polo logístico e para o ano que vem a expectativa é de crescimento. “Principalmente pelas empresas que já estão instaladas e outras que estão em vias de instalação, o que beneficiará a cidade com geração de empregos”, explica. Sobre a instalação de novas empresas, Pichioli afirma que o processo acontecerá de maneira planejada e coordenada. “Impactando diretamente no segmento logístico”, confirma.
Fonte: Jornal de Jundiaí